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Não faz muito tempo acompanhei uma série de discussões a respeito da linguagem que deveria ser utilizada em blogs, comentários, e publicações online. A questão trás traz à tona muita polêmica, mas depois de muito refletir, resolvi também eu, discorrer sobre o assunto.

Não é preciso fazer Letras na USP para saber que ImprenÇa não se escreve com “Ç” mas com “S”. Nem é preciso ser lá muito esperto para compreender que o blog escreve a palavra de forma errada para fazer uma crítica à imprensa.

O que tem transtornado as pessoas é o tal “Mixuguês”. São coisas como estas:

O post de Marcos Lemos praticamente exige que você utilize um português correto para ter um blog.

Ele não é o único. Outro blog que fala disso como exigência é o Blog do Bauru.



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E estive pensando. Eu prefiro que meus leitores tenham uma certa sensibilidade com o português. Mas antes disso, os meus leitores esperam que eu tenha certa familiaridade com o português, afinal, o blog se propõe a comentar erros da imprensa em geral.

Mas estamos falando aqui de blogs com públicos mais restritos. O “ImprenÇa”, o “Blog do Bauru” ou mesmo um outro blog do mesmo Marcos Lemos, o “Lemos Idéias“.

O problema todo é a expectativa que o autor e o leitor têm a respeito do texto apresentado.

Se pegarmos um blog como o do Lucas é improvável que algum leitor reclame de erros de português ou ainda que Lucas reclame de algum erro de português de algum leitor.

É a velha questão de toda professora de redação:

Para quem você está escrevendo seu texto? 

O que me deixa surpreendido é que todos nós erramos no português. Eu mesmo devo ter cometido atrocidades, ferocidades e outras metrópoles com a sua língua materna. Já corrigi, via twitter, erros dos mais variados blogueiros, sejam eles conhecidos ou não.
Se eu escrevo para pessoas com escolaridade próxima à minha, não posso cometer muitos erros de português e, provavelmente, ficarei decepcionado com um erro escabroso de português nos comentários.
Mas é possível escrever em português errado e ter um blog de sucesso. A questão, repito, é:

Sucesso para quem? 

Um leitor que escreve errado não cobrará um autor gramaticalmente correto. Por mais difícil que seja, para nós, entender a figura acima.

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