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Amigas e amigos e colegas e afins,

As eleições de 2010 acabaram {{Uau! Puxa ein, seu Caipira, que novidade magistral!}}, sim é verdade. E passadas as eleições fica aquela dúvida noir no ar: que demônios será do PSOL nesse mundin di deus?!

Eu sei, colegas, muitos dos senhores {{e algumas das senhoras}} vão discordar do que discorrerei aqui por diante, mas peço um pouquinho de paciência e boa vontade com este blogueiro reacionário que agora vos fala escreve fala bloga.

Carece de um marqueteiro urgente…
Primeiro é preciso esclarecer alguns pontos para que não me chamem de radical {{logo eu que sou reacionário}}. Minha pinimba começa justamente na fundação do partido. As lideranças saíram do PT, PCO e PSTU…
Os seres que saíram do PT foram das duas uma:
  1. Expulso do PT por não votar com o partido
  2. Derrotado nas eleições internas do PT
Vamos primeiro esclarecer o seguinte: o PT é o partido com grandes diferenças ideológicas internas tendo alas de extrema esquerda até centro esquerda. Mas todas as discussões, como em qualquer partido, são feitas, internamente. Ora, de que serve um partido {{único com eleições internas diretas}} se seus integrantes não votarem de forma semelhante?!
É por isso que o pessoal de pseudo-esquerda {{falo de Heloísa Helena, aquela que fazia campanha pelo mesmo PT chamando a adversária de lésbica e, inclusive, processando-a por ‘opção sexual divergente’ – não acredite em mim}} foi expulso do PT.
O pessoal da opção número 2 já merece um pouco menos de desrespeito, muito embora pareça assim uma coisa meio criança mimada com a bola embaixo do braço…
Já teríamos aí motivos mais do que suficientes para questionar o futuro do PSOL: será que ao perder as eleições internas parte do partido fundará o PMLUA {{partido do mundo da lua}}?! Nem é preciso esperar muito para termos a resposta. Eis que a mesma senhora, Heloísa Helena, fundadora da bagaça no meio das eleições presidenciais de 2010 faz o quê?!

Uma parcela da Executiva Nacional, liderada pela presidente do partido, a ex-senadora Heloísa Helena, achou a publicação da nota ofensiva e resolveu, na madrugada do dia 25 de março, tirar o site do ar, por considerar que “ele estava sendo utilizado de forma parcial por uma fração da direção do PSOL que apoia a pré-candidatura de Plínio de Arruda Sampaio”. Segundo nota assinada por Heloisa Helena e outros seis integrantes da Executiva Nacional, a atitude foi “absolutamente tranquila e pensada”.

Heloísa Helena não é mais presidente do PSOL e hoje está fazendo sua parte na política, bem ali naquele cantinho onde já já irá encontrar dois velhos amigos: José Erra e Marina Silva. O cantinho é conhecido pelo singelo nome de: ostracismo.
Não fosse isso o suficiente, o grande candidato Plínio de Arruda falou inúmeras vezes do preconceito da mídia com ele, por ser nanico. Preconceito refletido nos tempos de entrevista na Jornal Nacional e coisas deste tipo. No que, aliás, estava corretíssimo.
Só o que faltou explicar foi:

O debate da esquerda e a lamentável ausência de Plínio: Candidato do PSOL falta ao debate mediado pelo jornal Brasil de Fato para participar de evento de entidade empresarial   {{não acredite em mim}}

O pau que bate em Chico…bate só no Chico mesmo… {{tadinho do Chico}}.



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Inúmeras vezes o candidato tucano aproveitou-se das críticas de Plínio nos debates para fazer a sua própria campanha o que demonstra, no mínimo, a proximidade de discurso entre ambos, embora a gigantesca distância ideológica. Não, colega, não estou dizendo que o Plínio pensa como Erra, apenas que, durante os debates, agiu em favor dele, ainda que sem essa intenção.

Algum marqueteiro livre por aí?!

É óbvio, claro e transparente para todos que há no PSOL gente de muita qualidade, ninguém aqui está negando isso. Como também é claro, ao menos para mim, que a esperança dos adeptos do partido é que ele seja ‘um novo PT’. Mas aí a coisa pega…

O PT nasceu do povo, literalmente. E ainda que suas bases estejam mais distantes da população {{será mesmo?! E no NE?!}} ele tem uma ligação e um respeito muito grande. Mas isso não é o mais importante. O importante é que o PT nasceu em uma época que o favorecia historicamente. Aí o aprendiz de leitor dirá: como raios favorecia se as bases do PT foram formadas antes de sua fundação, na ditadura? E eu direi apenas que isso favoreceu a união de grupos próximos ideologicamente e… ah, não vou dizer nada, você é inteligente e pegou o ponto da questão.

Hoje o PSOL não luta contra uma política de direita. Luta contra uma política de coalizão. Dirá o mais socialista que é justamente esse governo de coalizão quem mais ilude ao povo e atrasa o socialismo. Os petistas dirão que é a forma mais inteligente de aproximar o povo de um pensamento de esquerda. De um jeito ou de outro é bem diferente de se opor a um governo de direita, como fez por anos a fio o PT.

Não acredito que o PSOL seja ou venha a ser algum dia da importância nacional que é o PT, podemos ver as grandes conquistas do PSOL nestes anos para ter uma conclusão melhor:

Eleições 2006

Candidatos Votos
(1º turno)
%
Luiz Inácio Lula da Silva (PTPRBPCdoB) 46.662.365 48,61
Geraldo Alckmin (PSDBPFL) 39.968.369 41,64
Heloísa Helena (PSOLPSTUPCB) 6.575.393 6,85

{{não acredite em mim}}


Eleições 2010

Candidato Partido Votação Nominal
Dilma Rousseff PT 47.651.434
José Serra PSDB 33.132.283
Marina Silva PV 19.636.359
Plínio de Arruda Sampaio PSOL 886.816

 

{{não acredite em mim}} 

Oras bolas e carambolinhas, então o PSOL recuou?! E não foi pouco não senhores. No legislativo a representação do PSOL não chega a ser relevante {{em número, pessoas, não em participação}} para aprovar qualquer lei de alguma importância. 

O PSOL mostra-se, enfim, mostra-se um partido cheio de boas intenções. Mais radical que o PT e mais reacionário que PCO ou PSTU. E a pergunta que faço é: como partido, o que faz do PSOL absolutamente indispensável à política nacional? A resposta talvez não agrade aos militantes…

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