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Gilberto Kassab, dizem, vai finalmente fundar o PSD. Depois de alguns meses de trabalho criando recolhendo assinaturas, o tal partido já nasce {{se nascer, porque só o pedido é que foi feito, embora o blog aposte que nascerá, de fato}} com 44 deputados, 2 senadores e 2 governadores. É mais, por exemplo, do que o PSOL.

Crédito da foto: Aloysio Nunes {{me recusei a linkar, me processem}}

 

O PSD nasce com certa importância, embora seja um tanto difícil admitir. Quando dos primórdios do partido foi questionado se ele seria de oposição ou situação, ao que o prefeito nota 10! respondeu, com seu humor característico:



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{{não acredite em mim}}

Um exemplo do bom humor característico do prefeito:
http://www.youtube.com/watch?v=b0QkCyuD9Ek
Aqui um outro exemplo, apenas para ilustrar:
http://www.youtube.com/watch?v=Jpy4TOuybyE&feature=related

{{Como eu trabalhei na Cruz Vermelha esclareço que o agente da Defesa Civil que se coloca entre a moradora e o prefeito, afim de abafar a crítica chama-se Coronel Jair e é famoso por esse tipo de intervenção, está em 1’02”}}

E embora os colunistas da folha já tivessem concluído que o partido atuaria apenas em Marte, este blogueiro aqui foi um pouco adiante e se colocou a pensar no papel futuro desse tal quase-partido.

A grande sacada do tal prefeito foi perceber que já não há espaço político para a oposição. E embora a folha tente nos convencer que a Dilma está indo para o PSDB {{A INACREDITÁVEL folha de São Paulo}}, a verdade é que o PSDB está correndo para segurar seus nomes da debandada criada por dois motivos:

  • A fortaleza criada pela situação
  • O novo partido do Kassab

Depois de 8 anos de Lula e prováveis 8 anos de Dilma a oposição está cada vez menos potente no quesito força política. Sabe-se {{basta abrir os olhos}} que uma nova oposição surgirá {{está surgindo, como queira}} da base aliada. É sempre assim quando se faz o que a Heloísa Helena chama de alianças nefastas. Eu prefiro chamar de República, mas você é inteligente o bastante para concluir aquilo que bem quiser.

Fato é que uma oposição ativa significa uma oposição com força, pelo menos, de negociar algo com o governo. Coisa que o PSDB e o DEM, hoje, não tem nem de longe.

Um novo partido é a chave e a desculpa que Kassab precisava para se aliar em alguns pontos e separar-se em outros. Fazer, enfim, uma oposição que não seja jurídica {{que é o que resta quando não se tem cacife político}}.

Não é por acaso que a grande imprensa quer criar rebu onde não existe. E será cada vez mais constante a disputa interna entre governo e partidos aliados. A nova oposição nascerá justamente desses aliados, mas não será amanhã nem depois. Ainda levará algum tempo para que o PSD e alguns dos partidos aliados percebam e façam de fato, essa mudança. Porque ainda precisam conquistar certas lacunas.

Até lá Dilma precisará negociar com a base aliada, que obviamente divergirá aqui e acolá, criando pequenos fatos {{pequenos? Sim, diante do país todo, pequenos ou, se preferir, localizados}} para a gritaria geral da militância crítica {{eu chamo de histérica, mas sou justo e dou o nome que eles preferem}}.

Quanto a este blog, seguirá sóbrio e com visão da amplitude que a política requer. Não porque é melhor que alguém, mas porque aprendeu que negociar é ceder em alguns aspectos e ganhar em outros. E que política é negociação.

O Kassab também já percebeu isso. Quem vai ficar para trás?

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