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O Cacique Ládio Veron esta viajando pelas principais cidades da Europa levando uma mensagem bastante simples: queremos nossa terra de volta! O Cacique espera encontrar apoio da comunidade europeia para pressionar o governo brasileiro a devolver o que é deles. Em palestra na Trinity College, Dublin, uma das universidades mais antigas do continente, ele pediu que a Lei seja cumprida e suas terras restituídas ao seu povo.

Um Decreto de 1953 delimitou as áreas das terras indígenas de Mato Grosso do Sul, entretanto, essas terras estão nas mãos do agronegócio. Ládio vai passar por 12 países.

Da página Viagem do Cacique Ládio Veron Europa:

“A viagem, que passará por 12 países europeus, foi organizada pelo Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus e tem como finalidade, além de denunciar internacionalmente o genocídio, etnocídio e negação de direitos por parte de governantes e o próprio Estado brasileiro, busca estabelecer alianças políticas com as organizações da classe trabalhadora europeia, no intuito de formar uma Frente Internacional de apoio a luta dos povos Kaiowá e Guarani do MS.



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Antes das manobras golpistas, da direita e extrema-direita, de tomar o governo e os poderes do Estado, já estava difícil a resolução que atendesse as demandas dos povos indígenas. Agora, com o golpe da elite brasileira em conluio com multinacionais e os EUA, ficou impossível quaisquer diálogos com o Estado brasileiro, mais neoliberal e capitalista que em qualquer época, no intuito de ter demarcação dos Territórios pleiteados pelos povos originários.

A ida de Ládio para a Europa é importante para os povos que tem seus direitos negados e subtraídos pelo Estado brasileiro e paralelamente é uma esperança para os povos Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul, estado onde o agronegócio está muito bem organizado, financeira e belicamente. As organizações dos ruralistas do Mato Grosso do Sul, mantem 5 empresas de segurança privada, paramilitares que tem participação direta na maioria dos casos de assassinatos de indígenas que lutam por um pedaço de seu Tekoha (Território indígena kaiowá e guarani). Nenhum dos envolvidos nos assassinatos é punido. Os ruralistas do Mato Grosso do Sul tem seus representantes no poder Judiciário, Legislativo e Executivo das esferas municipais, estadual e Federal. Os ruralistas, junto com outros setores capitalistas, detêm o poder no Estado.

Não há nenhuma possibilidade de reverter essa situação, contando somente com a unidade classista nacional. Os povos indígenas, reféns do Estado brasileiro conta com o apoio internacional, para garantir todos os direitos até agora conquistados com muito suor e sangue, para assim avançar, até a Retomada de seus Territórios, de onde foram expulsos a partir de 1492.

Por Tribunal Popular: o Estado brasileiro no banco dos réus
463º ano da Confederação dos Tamoios
23º ano do Levante Zapatista
100º ano da Greve Geral
100º ano da Revolução Russa
117º ano da Revolução Mexicana
525º ano da invasão europeia
Março de 2017″

O jornal The Guardian trouxe uma matéria com as fotos da mobilização dos povos indígenas em Brasília que aconteceu no dia 26 de abril. Em Dublin, Ládio visitou a Leinster House (que seria o equivalente ao Congresso Nacional no Brasil) e recebeu a solidariedade de diversos congressistas.

 

 

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