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O HIV ainda traz grande preocupação ao Brasil. Para a médica Ruth Khalili, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), adolescentes e jovens adultos parecem estar menos preocupados com os riscos do vírus. Isso porque o avanços dos retrovirais {{remédios que atuam no combate ao vírus HIV}} fez com que a sobrevida entre pacientes soropositivos crescesse.

HIV em gestantes

 

Também é alarmante o aumento da transmissão em casos de gestantes. Ainda que a chamada transmissão vertical {{quando a gestante transmite o vírus ao bebê}} tenha tido queda nos útimos anos, o número de casos em mulheres grávidas pode indicar que esta taxa volte a subir no futuro. Especialmente num cenário de precarização do SUS, como o atual. Recentemente o Ministério da Saúde teve de vir a público negar que houvesse um problema de reabastecimento de remédios retrovirais no paíś. Segundo a nota do ministéŕio o que houve foram problemas pontuais de logística em alguns estados, como o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Norte.



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Houve aumento da infecção de gestantes em todas as regiões, exceto a Sudeste.

{{dados do Boletim Epidemiológico HIV – AIDS 2016}}

Juventude

 

Os dados relacionados à juventude indicam crescimento exceto nas idades de 0 a 5 anos e 10 a 14 anos {{provavelmente casos de transmissão vertical}}, mas com aumento nas faixas de 15 a 19; 20 a 24; 25 a 29 e 30 a 34 anos, respectivamente:

{{dados do Boletim Epidemiológico HIV – AIDS 2016}}

 

Como se vê na tabela, os casos de jovens entre 15 e 19 anos tiveram um crescimento de 2,7%. Já entre jovens de 20 a 24, o crescimento ficou em 32%. Na faixa de 25 a 29 anos, 21%. Entre jovens e jovens adultos, ou seja, de 30 a 34 anos, o crescimento ficou em 18%.

A falta de um trabalho preventivo continuado, ou seja, que não se encerre com meia dúzia de panfletos e propagandas no carnaval também é um fator de preocupação entre especialistas.

Único na América Latina

 

O Brasil foi o único país da América Latina a apresentar crescimento de infecções por HIV, entre os anos de 2010 e 2016. Por aqui foram 3% de aumento. Para se ter uma ideia, no mundo a taxa foi de 11% de redução. O Ministério da Saúde afirmou que os dados acabam sofrendo distorção devido ao grande número de pessoas no Brasil.

Na América Latina a queda foi de 12%.

 

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