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Não sei qual a opinião de vocês, mas eu fiquei extremamente chocado quando soube do tal ataque israelense aos barcos de ajuda humanitária (bem, Israel não acha que eram de ajuda humanitária), e resolvi buscar mais informações…

Então antes de qualquer discussão vamos aos fatos:

Barcos {{não definirei de que tipo, tome você a decisão}} estavam navegando a cerca de 70 ou 80 milhas de distância da costa {{em águas internacionais, portanto}} quando foi abordado pelo exército israelense.

No confronto cerca de dez pessoas morreram.



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Então pesquisando um pouco mais fui ver o que diz a Organização das Nações Unidas, também conhecida como ONU ou UN, sobre a propriedade das águas internacionais:

Mar territorial =>até 12 milhas náuticas
Zona contígua =>até 24 milhas náuticas
Zona econômica exclusiva => 200 milhas náuticas

{{não acredite em mim}}

Ok, se isso é grego para você não se desespere, eu falo grego e logo te explico:

Mar territorial – Faixa de mar contínua ao território (parte terrestre), na qual o Estado exerce sua soberania e jurisdição. A extensão não é mais delimitada pelo Estado, estando sujeita a manifestações do Direito Internacional que disciplina a matéria. O mesmo que mar adjacente, mar costeiro, mar territorial.

{{não acredite em mim}}

Mal comparando {{mal comparando}} é como se fosse o país e invaidr essas águas é como invadir o país.

Na zona contígua, o país poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias para:

I – evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu territórios, ou no seu mar territorial;

II – reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar territorial

{{não acredite em mim}}

Ou seja, cabe ao país fiscalizar e punir {{pedir punições}} no caso de descumprimento de alguma destas regras.

A Zona Económica Exclusiva corresponde a uma faixa marítima, actualmente com 200 milhas, sobre a qual os respectivos países costeiros detêm os direitos de exploração, conservação e administração

{{não acredite em mim}}

Pronto.

Sabemos então que o tal barco {{humanitário ou não}} estava, portanto, em águas internacionais, mas em Zona Econômica Exclusiva. O que significa que só poderia explorar comercialmente aquilo com a devida autorização do país que detém a tal zona.

OPA! Qual país? Pois é… aí começa a confusão. Teoricamente seria zona econômica do país “Faixa de Gaza”. Nenhum de vocês é tonto, como eu não sou também, e sabemos que a faixa de Gaza está, atualmente sob controle de Israel, e suas águas estão sob embargo dos israelenses sob alegação de repressão ao grupo ‘terrorista’ Hamas.

 

Acontece que o barco que por ali navegava estava levando ajuda humanitária, segundo os ativistas que foram mortos. Israel não nega este fato.

As divergências começam quando Israel diz que a ajuda humanitária foi parada para negociar {{não acredite em mim}} e os ativistas dizem que foram recebidos à bala {{não acredite em mim}}.

De qualquer modo, penso eu que Israel está errado. Mesmo quando alega ter sido atacado antes os soldados dizem ter sido atacados por barras de ferro e, claro, devolveram em tiro.

Soldado atira para matar. Fato. Exército não tem outra preocupação {{argumento para Trolls ficarem felizes e me xingarem}}.

Ainda que fosse uma provocação, os barcos estavam mesmo levando ajuda humanitária. Por que digo “ainda que fosse provocação”? Porque tive acesso e li uma carta da tal brasileira que estava no barco. Carta enviada antes do ataque:

“Em alguns dias eu serei a única brasileira a embarcar num navio que integra a GAZA FREEDOM FLOTILLA. A recente decisão do governo israelense de impedir a entrada do acadêmico internacionalmente reconhecido Noam Chomsky nos Territórios Ocupados da Palestina sugere que também seremos barrados. Não obstante, partiremos com a intenção de entregar comida, água, suprimentos médicos e materiais de construção às comunidades de Gaza”
{{não acredite em mim}}

Imaginava já que seria barrada. E isso até geraria certa discussão. Mas quando são recebidos à bala, não resta opção a não ser repudiar a ação.

Amanhã comentarei mais dos desdobramentos futuros deste assunto…

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