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Quando o assunto é política, é comum que as pessoas respondam simplesmente que isso não se discute ou apresentar argumentos que nada dizem. Mas e quando não são as pessoas que não tem argumentos, mas partidos e candidatos?

Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o País ao meio, entre bons e maus, entre ricos e pobres. Nossa tarefa não é dividir, é aproximar. E só aproximaremos os brasileiros uns dos outros, através da diminuição das diferenças que nos separam.

{{não acredite em mim}}

 

A frase acima é do candidato ao senado Aécio Neves {{neto de Tancredo Neves}}, mineiro e tucano.



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Quando a ‘palavra política foi cunhada’ {{se você vai perguntar, “cunhada de quem?”, por gentileza pergunte em silêncio}} {{do grego politiké}} tinha o valor aproximado de:

pólis (politikós), que significa tudo o que se refere à cidade e,
conseqüentemente, o que é urbano, civil, público, e até mesmo sociável e social{{não acredite em mim PDF}}


 

Hoje, no entanto, é comum ouvirmos {{na falta de argumento melhor}} “política não se discute”. Ou algo ainda pior, que são argumentações totalmente sem propósito, algumas delas você certamente já viu:

lula serra marina silva

{{Dilma, por ser um poste, não ganhou sequer caricatura}}

E tanto faz em quem você vai votar, o fato é que não há argumentação nas fotos acima. É claro que são apenas fotos e mais óbvio ainda {{para quem tem o mínimo de informação}} é que refletem ‘argumentações’ políticas.

Chamar Lula de burro, Serra de vampiro e Marina de eco-chata é não falar nada. Pior ainda, é querer desconstruir uma argumentação simplesmente porque não há mais o que dizer {{e, nesse sentido, qual a diferença de desferir um soco na pessoa com a qual está discutindo? O soco seria menos hipócrita…}}.

Mais perigoso ainda é quando esse discurso sai das camada twitteiras da população e cai nas graças da mídia. Mais perigoso ainda é quando este discurso cai nos braços de um partido político.

Não é possível fazer uma candidatura à base do “mensalão do PT” ou do “FHC privatiza tudo”. Não dá para aceitar argumentação como “alianças nefastas” quando ela {{a argumentação}} não trás em si mesma uma solução ou caminho às alianças.

Não dá para aceitar que os dois principais candidatos à presidência da república não tenham em seus sítios na internet um documento formal com as propostas de governo. Não há desculpas para isso.

Volto, portanto, à frase esquecida lá no alto do post:

Devemos estar preparados para responder à autoritária armadilha do confronto plebiscitário e ao discurso que perigosamente tenta dividir o País ao meio, entre bons e maus(…)

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