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Golpe no Equador? Tentativa de golpe no Equador? O que houve no Equador? Hoje uma breve análise sobre as tenções sociais presentes por ali…


Antes de falar do golpe propriamente dito {{e este foi mesmo uma tentativa de golpe}} vamos do início.

O Presidente do Equador chama-se {{sim, você já sabe, mas vou esclarecer mesmo assim}} Rafael Correa. Ele foi eleito em 2006, mas aí já estamos pulando uma parte importante da história. Vamos entender tudo, para não darmos uma de Folha, né?!

Em 1995 o Equador entra em ‘conflito’ {{gostaram do eufemismo?}} com o Peru por conta de territórios:



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{{não acredite em mim}}

O tal conflito dura até 1998 quando é assinado um tratado de paz. O Brasil atuou como mediador e sim, o presidente era o FHC.
Em 1998 entrou em vigor a constituição e um novo presidente foi eleito. Mahuad, novo presidente, foi quem assinou o tratado de paz com Peru. Depois ele simplesmente substituiu a moeda local pelo dólar americano o que não foi exatamente a melhor das escolhas.
Uma série de manifestações e um golpe tira o presidente eleito do poder. Estamos em 2000.
Um acordo marcou a sucessão de Mahuad e seu vice foi colocado no lugar como sucessor, com o apoio das forças armadas, que àquela altura governavam o país. Noboa {{sem trocadilhos, o assunto é sério}} continuou a política de Mahuad e em 2003 Lúcio Gutiérrez é eleito. O sujeito em questão fazia parte da junta militar que retirou Mahuad do poder.
Em 2005 o mesmo Gutiérrez sofre uma série de revoltas populares e perde o apoio das forças armadas, o que o leva a renunciar. Seu vice assume e fica até 2006, quando, já sabemos, é eleito Rafael Corrêa.
Claro, ele não saiu do meio do nada. Foi ministro da economia e finanças de Alfredo Palacio, o vice do militar que ajudou a tirar Muahad. Em 2008 o mesmo Rafael Corrêa faz aprovar uma nova constituição.

Em outubro de 2008 a construtora brasileira Odebrecht:,

equador2

Para refrescar a sua memória vou dizer que esta foi a construtora envolvida na CPI do orçamento {{não acredite em mim}}, sócia da Folha de São Paulo {{mesmo link}} e atual responsável por alguns estádios da Copa {{Corinthians e Fonte Nova, por exemplo}}.

Mas ainda não chegamos no golpe, porque demônios você está contando tudo isso? Calma, fiote, ao final tudo fará sentido.

Com a popularidade em alta, 70%, Corrêa se torna o primeiro presidente reeleito desde o retorno à democracia em 1979! Pouca coisa? Não é não.

Chegamos, finalmente, em 2010:

Presidente do Equador sinaliza que pode dissolver Congresso e antecipar eleições
{{não acredite em mim}}

 

Calma, a coisa não é tão grave quanto parece {{mas é grave}}, a constituição equatoriana permite uma manobra neste sentido chamada “morte cruzada” que pode ser usada quando há ameaças ao desenvolvimento do país.

Na semana seguinte a esta ameaça houve a tal revolta:

equador3

equador4

Mas o que levou a isso tudo, seu Caipira? Uél {{Caipira mas fala inglês uai}} uma série de medidas que desagradaram justamente a polícia. Lembram de quando eu dizia que a democracia se sustentava em aparatos não democráticos? Pois então meus queridos, aí está.

O ex-presidente Gutiérrez, aquele que tirou Mahuad do poder, declarou o seguinte:

Correa é culpado por situação no Equador, diz ex-presidente
Para Lucio Gutiérrez, presidente equatoriano é abusivo, prepotente e tenta imitar passos do venezuelano Hugo Chávez
{{não acredite em mim}}

Não, ao que consta ele não é colunista da Folha de São Paulo. O tal Corrêa também não é santo, é bom que se diga.

Os protestos tiveram início {{até onde pude apurar, não sou onipresente, afinal}} por conta de uma medida que retira dos policiais bônus que eram incorporados aos salários a cada cinco anos. Segundo o presidente Rafael Corrêa isso não modificaria os salários pois os bônus passaram a ser nivelados e incorporados já aos salários.

O que houve é que após a medida teve início uma série de ‘manifestações sociais’, armadas {{esperava o quê da polícia?}} e os aeroportos foram fechados. Depois disso o presidente disse que não negociaria enquanto perdurassem as manifestações {{bem ao estilo José Erra}}.

Corrêa foi atingido e levado a um hospital onde ficou cercado pela polícia. De lá avisou aos manifestantes {{a esta altura a população estava nas ruas para demonstrar apoio ao presidente}} que estava bem e que a polícia queria mata-lo.

O chefe das forças armadas declarou que respeitaria o poder do presidente, embora fosse contra a medida. De fato, como podem verificar no vídeo abaixo foi o exército quem buscou o presidente e o tirou do cerco.

http://multimedia.telesurtv.net/media/swf/flowplayer-3.2.3.swf?0.16000444069504738

 

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