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De tempos em tempos surgem dúvidas a respeito da segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas. Isso acontece, especialmente, quando o resultado das votações é apertado, sugerindo que qualquer alteração seja o suficiente para alterar os rumos eleitorais.

Diversas dúvidas surgem quando pensamos em urnas eletrônicas. Acredito ser absolutamente natural que surjam dúvidas quando o assunto é utilizar novas tecnologias para a sociedade em geral.
Não podemos, contudo, acreditar em todo e qualquer boato que surge, ou mesmo ignorar a tecnologia porque simplesmente temos ‘medo’ dela.


A primeira coisa que é preciso deixar claro quando falamos em segurança da urna eletrônica é que a questão não é ser infalível, mas infalível durante o processo eleitoral. Parece óbvio, mas é preciso lembrar que não adianta que um grupo de estudiosos de Harvard consigam burlar a urna no prazo de 1 mês com ela. Para se fraudar a eleição seria preciso que algum mesário pudesse burlar a urna no período de 9 horas {{das 8hs às 17hs}}.

Dito isto é preciso saber que há teorias de conspiração mais e menos prováveis, tentarei aqui desmentir as principais, com o intuito de provar a minha tese {{voto eletrônico é mais seguro que voto de papel}}.

urna

A primeira dúvida que surge é: quem faz a urna eletrônica? Há quem diga que ela é produzida por uma empresa americana, uma tal de “Walden O´Dell” {{não acredite em mim}}. Esta empresa, de fato, não é das mais sérias, como você pode conferir no link em questão.



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É bom que se desminta de cara esta preocupação, afim de evitar suspeitas:

Em 1995, na gestão do Ministro Carlos Velloso, iniciaram-se os trabalhos de informatização do voto. Uma comissão de juristas e técnicos de informática, apresentou um protótipo da urna eletrônica. Para a elaboração do projeto técnico da urna eletrônica, incluindo o equipamento e os programas, foi constituído um grupo de trabalho que contou com a colaboração de especialistas em informática, eletrônica e comunicações da Justiça Eleitoral, das Forças Armadas, Ministério da Ciência e Tecnologia e Ministério das Comunicações
{{não acredite em mim}}
 

Todo o processo, do ‘hardware’ ao ‘software’ possui tecnologia nacional. Um boato a menos, portanto.

Outro boato que corre mundo afora é que a urna poderia receber uma programação tal que pudesse modificar os votos, explico-me. Aliás, eu não, o teórico conspiratório é que se explica:
Vamos supor que um “software malicioso” inocule no processo de apuração, ou seja, enquanto os dados das urnas eletrônicas são totalizados, no computador central do TSE, a informação que faça o sistema expurgar um de cada dez votos recebidos pela candidata A. Isso quer dizer que, de cada cinquenta votos que ela viesse a receber, perdesse cinco. Com quantos votos ela ficaria? 45, certo? Suponhamos agora que esse mesmo sistema distribuísse esses votos de forma rigorosamente proporcional entre os candidatos B, C, D, E, F, G, H, I, os brancos e nulos.

 

Ou seja, Dilma {{a surpresa não foi ela não ter sido eleita no 1º turno? Então…}} recebe 10 votos. No 11º o voto dela não vai para ela, mas para Marina. Depois, Dilma recebe mais 10 votos. No 11º o voto dela não vai para ela, mas para José Erra. E assim por diante.

Uma teoria mais complexa e, teoricamente, verossímil. Teoricamente. E eu a desmonto de maneira simples. Com um negócio chamado: Votação paralela.

{{não acredite em mim – votação paralela a partir de 3’20’’}}

Se você não teve paciência para assistir eu mesmo explico. Um dia antes das eleições é feito um sorteio público. Neste sorteio decide-se algumas seções eleitorais para participarem da votação paralela. A partir daí um helicóptero retira a urna direto da seção e a leva para o TSE {{a urna é substituída por uma das reservas que toda seção eleitoral possui}}.

No TSE representantes de todos os partidos depositam votos {{em número suficiente até completar o número de votantes da seção sorteada}} em uma urna de papel. Isso tudo um dia antes das eleições, em cerimônia pública com representantes de todos os partidos e observadores internacionais.

No dia da eleição a urna funciona e um funcionário do TSE registra na urna todos os votos de papel. Ah, dirá o sagaz leitor, a falha está aí. Acontece, ó conspirador, que isso é feito de maneira pública e todo o processo é filmado. Além disso o representante de cada partido sabe em quem votou e quantos votos teve. De maneira que qualquer alteração seria facilmente perceptível.

Depois acontece a contagem dos votos desta urna. E confere-se se há ou não problemas com a contagem dos votos.

Ou seja, é impossível fraudar uma urna dessas sem que ninguém perceba. Podem dormir tranquilos.
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