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Excelente ideia, pelo menos é o que eu penso…

  • UPP do conjunto de favelas do São Carlos apresenta policiais que atuarão na segurança da região
    UPP do conjunto de favelas do São Carlos apresenta policiais que atuarão na segurança da região
A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro inaugurou nesta terça-feira (17) a Unidade de Polícia Pacificadora do conjunto de favelas do São Carlos, no Estácio, zona norte da capital fluminense. A nova unidade tem 250 policiais, dos quais 51 mulheres – o maior efetivo feminino entre as 17 UPPs da cidade – e ficará responsável pela ordem em outras três comunidades: Zinco, Querosene e Mineira. Outra novidade será o uso de armas não-letais.
A sede da Unidade de Polícia Pacificadora do São Carlos foi instalada ao lado do galpão no qual funcionava uma enfermaria do narcotráfico. Segundo o governo estadual, esta 17ª UPP do Rio beneficiará cerca de 17 mil moradores entre os bairros do Estácio e do Rio Comprido, uma região estratégica no projeto de pacificação visando ao Mundial de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016 – pela proximidade à zona portuária. Considerando as pessoas que residem no entorno das favelas, em um raio de dois quilômetros, o número de pessoas beneficiadas chega a 200 mil.

Onde estão as UPPs no Rio de Janeiro

Do efetivo final escalado para a nova UPP, foram escolhidos dois oficiais, dez graduados e 51 mulheres, que serão chefiados pelo capitão Luiz Piedade. O conjunto de favelas do São Carlos terá o maior contingente de mulheres desde o lançamento do projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, em 2008.
O objetivo da tropa feminina é suavizar a imagem das forças policiais do Rio de Janeiro. A Secretaria de Segurança Pública acredita que o maior número de mulheres pode reforçar a ideia de policiamento comunitário em detrimento da repressão tradicional.
A UPP São Carlos também será a primeira unidade a substituir gradativamente as armas de fogo por outras alternativas. O Ministério da Justiça enviou uma carga de 315 armas não-letais para a Secretaria de Segurança Pública, que se comprometeu a distribui-las entre as unidades pacificadoras.
A cerimônia de inauguração contou com a presença do governador do Estado, Sérgio Cabral, que chegou acompanhado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da secretária nacional de Segurança, Regina Miki.
Ocupação sem tiros
O objetivo inicial do governo estadual era inaugurar uma UPP na região do São Carlos no ano passado, mas os conflitos na Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão acabaram postergando a pacificação oficial das comunidades do Estácio.
A repressão ao narcotráfico na região começou efetivamente nos primeiros meses de 2010, quando o líder do tráfico de drogas no Morro do São Carlos, Rogério Rios Mosqueira, o Roupinol, foi morto durante uma operação policial. Ele era apontado como o maior distribuidor de cocaína do estado.
Quase um ano depois, o mesmo território foi ocupado pelas polícias Civil, Militar e Federal, além do apoio logístico das Forças Armadas, sem um único tiro disparado. A ação foi semelhante ao modelo de ocupação do Complexo do Alemão e contou com 17 blindados da Marinha e 150 fuzileiros navais. No total, cerca de 1300 homens trabalharam na operação.
Arrastão no metrô
O lançamento da 17ª UPP da cidade acontece cinco dias depois do arrastão em uma estação de metrô da região. De acordo com a investigação sobre o grupo que promoveu um arrastão no metrô na quinta-feira passada (12), os bandidos seriam do Morro do São Carlos e para lá teriam fugido após o ato criminoso. Um inquérito foi instaurado na 6ª DP (Cidade Nova) para apurar o caso, que ocorreu cinco dias antes da inauguração de uma Unidade de Polícia Pacificadora no local.
Pelo menos 15 vítimas prestaram depoimento e a Polícia Civil espera utilizar as informações para elaborar os retratos-falados dos assaltantes. Os assaltantes abordaram os passageiros dentro de uma composição da Linha 1, entre as estações Praça Onze e Estácio. Eles levaram mochilas, telefones e dinheiro dos usuários.
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