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Um assassinato dentro do campus da USP reabre as discussões: PM no campus?! Existem diversos argumentos favoráveis à medida {{drástica?!}} enquanto boa parte da comunidade USP se mantém contrária a esta medida. Mas afinal, quais as vantagens e desvantagens de se colocar a PM dentro do campus?!

{{Crédito: gaf.arq – não acredite em mim}}
A maioria das pessoas deve estar sabendo, mas não custa lembrar como foi que esta discussão surgiu, certo?! Vamos lá:
Este não foi o primeiro caso e a discussão, em verdade, já corre a algum tempo. Para falar a verdade eu recebi, não faz muito tempo, uma pesquisa feita pelos próprios estudantes da universidade {especificamente da Química}} a respeito desta questão:
{{Clica que aumenta}}
Também é verdade que a pesquisa ainda está rolando {{não acredite em mim}} ou seja, não é verdade que todos os estudantes concordam que a PM deve ficar fora do campus. Como também não é verdade que estão favoráveis {{os que estão}} por conta do assassinato, eu recebi a pesquisa faz 8 dias.
Mas afinal, resolve?! A resposta, como todas, começa com uma pergunta: PM onde?!
O campus Butantã tem cerca de 7 443 770 m² {{ informações da famigerada Wikipédia – não acredite em mim}} e um número de ocorrências bastante alto. Conta com uma guarda universitária, mas antes de falarmos, vamos aos dados:
{{Dados da prefeitura do campus – não acredite em mim}}
Ou seja, é inegável que temos aí um problema de segurança. Só no mês de abril foram roubados, segundo os dados oficiais, mais carros que durante todo o restante do ano de 2011.  O reitor da USP, em entrevista ao Bom dia Brasil, disse uma coisa bastante óbvia mas que dá a impressão de ser outra coisa. Disse ele:

A única força policial que pode prender é a PM. A guarda universitária é uma guarda patrimonial, não pode exercer a função da PM. {{não acredite em mim}}

É bem verdade que prender não se pode. Mas não é verdade que a a guarda universitária não possa fazer nada. Voltemos aos dados oficiais:

{{Dados da prefeitura do campus – não acredite em mim}}

 

Ora, a guarda universitária {{desmoralizada publicamente pelo reitor}} executa flagrantes e encaminha menores ao DP. É bem verdade que são baixíssimos os casos em que isso ocorreu, mas essa é uma outra questão.
Se a guarda universitária pode executar flagrantes e encaminhar ao DP não é verdade que a única solução é a PM. A USP só é terra de ninguém como disse o reitor {{quando foi que ele começou a fazer auto-crítica?!}} porque a guarda universitária é insuficiente.
O local onde ocorreu o assassinato é uma praça, cheia de bancos {{não, amigão, não é o banco da praça onde outrora dormiu aquele carinha que não é vagabundo da “música sertaneja”, estamos falando do Bradesco, Banco do Brasil, Santander, etc.}}. O local é pessimamente iluminado, não conta com guarda universitária fixa, e possui 1 câmera de segurança, DESLIGADA.

Em 2002 uma série de estupros aconteceram bem ali onde hoje guardo o meu carro para assistir as aulas {{juro que não tive nada com isso}}. Continua mal iluminado, mas conta com a presença efetiva da guarda universitária. Sem armas, sem algemas, apenas circulando pelo local. Número de estupros: zero.
Controlar a entrada dos visitantes é outra medida infeliz. Infeliz porque o campus serve inúmeras famílias de classe média que utilizam para correr e / ou andar de bicicleta. Infeliz porque o campus serve como parque às comunidades carentes {{leia favela}} que moram nas cercanias do campus. Infeliz porque o termo universidade vem de universal, aberto a todos. Todos.
A última vez que a PM esteve na USP foi com a antiga reitora. À época estudantes foram recebidos com bomba de gás lacrimogênio, tapas e agressões. A penúltima vez que a PM esteve na USP foi à época da ditadura.
{{Crédito: Hariovaldo Almeida Prado – não acredite em mim}}

 



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A universidade, vale a lembrança, é o local de se pensar a sociedade. Seja em que área for. Também é o local para o exercício da política {{quem colocou os partidos na história foi você, eu disse política}}, exercício livre.
Para encerrar {{antes que isso vire uma bíblia}} pergunto: em que local do campus colocaríamos a PM?! Ou vocês acham que há efetivo na cidade de São Paulo para atender toda a área {{7 MILHÕES m²}} da universidade? Colocar a PM nas áreas de maior ocorrência só fará os crimes mudarem de local.
Só para lembrar, a terra de ninguém, conta com apenas 130 guardas. Que tal iluminar e contratar para ver se dá certo?! Depois, se não der, serei o primeiro a vir a público mudar minha opinião. Existem uma série de medidas a serem tomadas, começar pela última delas me parece… falta de gestão. Mas, afinal, é terra de ninguém, certo?!
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