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A questão do Crack é algo que deve ser encarado de forma séria e preocupada por qualquer governante de qualquer país. Até aí, está claro, ninguém discorda. A utilização da força policial, no entanto, {{vulgo PM}} é algo bastante questionável. A internação compulsória, já é um ponto de grande discórdia mesmo entre aqueles que estão bem intencionados {{como era mesmo o ditado? De boas intenções o céu está… Ah, não lembro bem…}}.

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{{Crédito da foto: {link url="http://www.flickr.com/photos/chichi_roedor/1131688384/sizes/l/in/photostream/" target="_blank"} Andrei Bonamin {/link}}}

Se a questão se mostra preocupante e complexa à maioria dos seres humanos, ao prefeito da cidade de São Paulo {{ainda não concluí se é alguma forma de vida nova ou se podemos encaixá-lo no âmbito de ser humano…}} ela é bastante simples. Basta mandar a polícia, enfiar balas de borracha goela abaixo das pessoas e… Pronto! Problema Resolvido! Esse é ou não é o prefeito nota 10?!

Em julho do ano passado este blog verificou a existência de 13.666 moradores de rua em São Paulo {{não acredite em mim}}. Quem é de São Paulo {{e muito provavelmente que não é também}} conhece a luta do Pe. Júlio Lancelotti em favor dos moradores de rua. Ir até a praça da Sé com ele é ver seu trabalho frente a frente. A maior parte dos moradores da região conhecem Júlio pelo nome e o admiram pela luta.



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SP  padre vê tortura sistemática e contínua na Cracolândia

{{não acredite em mim}}

Não se pode negar, contudo, que a questão é severa e precisa de solução emergencial. É também verdade que a emergência vem da {{falta de}} saúde dos usuários do local e não da especulação imobiliária promovida pelo prefeito. Ao menos assim é que deveria ser.

Mas se deus escreve certo por linhas tortas, porque não poderia o Godfather do PSD resolver a questão por motivos quase-excusos, não é mesmo?!

E como se resolve a questão das drogas? Boa pergunta. O blog considera que o primeiro passo é dizer a verdade a respeito delas, fazer a chamada redução de danos. Outro passo seria a legalização das drogas {{quem lê o blog sabe a diferença entre legalizar e liberar – não acredite em mim}}. Mas não é preciso ir fundo.

O sistema de saúde inventou algo chamado CAPS-AD {{leia mais a respeito}}:

CAPs significa Centro de Atenção Psicossocial e tem por objetivo:

a atenção psicossocial aos pacientes com transtornos mentais, segundo critérios populacionais e demandas dos municípios. Esta rede pode contar com ações de saúde mental na atenção básica, Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), serviços residenciais terapêuticos (SRT), leitos em hospitais gerais, ambulatórios, bem como com Programa de Volta para Casa.

{{não acredite em mim}}

Atualmente 90% dos internos de hospitais psiquiátricos são usuários de drogas. O tratamento não é especializado e está {{baixou o poeta, vou rimar}} longe de ser adequado. Os CAPS-AD, centros especializados para o tratamento, são a melhor solução que temos.

{{não acredite em mim – Jornal Agora}}

Mas Caipira, seu doente, porque raios os moradores foram levados de Van às AMAs?! Ora, pequena leitora e anão leitor, está aí algo difícil de entender… Então vamos mudar de assunto, quem sabe a memória refresca…

{{não acredite em mim – Terra}}

Olha só… Que coisa, não?! Será que se essa turminha aí soubesse não poderia, digamos, preparar o terreno antes de saírem atirando e prendendo qualquer um?!

A primeira consiste na ocupação policial, cujo objetivo é “quebrar a estrutura logística” de traficantes que atuam na área. Além de barrar a chegada da droga, policiais foram orientados a não tolerar mais consumo público de droga.

{{não acredite em mim – Ig}}

“Não tolerar o consumo público de droga” significa dizer que antes era tolerado? Não tolerar é o mesmo que prender e atirar a esmo? Ou o objetivo é limpar a rua? Qual é mesmo o lixo localizado entre as ruas Gusmões e Rio Branco? Não são seres humanos?!

“Não tem nada escrito que é para bater nas pessoas, mas que as pessoas têm que sair, têm que ser retiradas”, declarou ao justificar porque algumas vezes os guardas usam a força para remover as pessoas.

{{Diretor do Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos, Clóvis Roberto Pereira – não acredite em mim – folha de São Paulo}}

Houve uma outra época em que seres humanos eram tratados como lixo e precisavam ser tolerados. Àquela época houve um herói, chamado Zumbi dos Palmares. Hoje nenhuma dessas pessoas são heróis. Estão mais para vítimas. Tratadas pela sociedade e polícia como zumbies.

Mas olhemos para o lado bom, não haverá mais tráfico na região, certo?!

{{não acredite em mim – folha de São Paulo}}

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