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Eleito deputado federal com exatos 211.855 votos pelo Estado de São Paulo {{não acredite em mim}}, Marco Antonio Feliciano é {{por enquanto?}} presidente da comissão de direitos humanos.

Quem ele representa?

{{Crédito da foto:{link url=”http://www.flickr.com/photos/yashy/2419644619/sizes/z/in/photostream/” target=”_blank”} pea2wenty3{/link}}}

 

A primeira pergunta que surge, diante de tantas piadas Faceboqueanas {{sim, inventei esse monstro aí ao lado}} é: Quem diabos ele representa?



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{{Feliciano não representa o elevador}}

{{Feliciano não representa o elevador}}

Ele representa parte dos evangélicos. Sua campanha foi feita em cima dos valores ‘cristãos’, família, tradição {{propriedade?}}. Além de algumas declarações mentirosas sobre o PL 122, lei do psiu e etc. {{não acredite em mim – se tiver estômago}}.

O fato é que diversas declarações racistas e preconceituosas foram feitas por este senhor. Não surpreende, portanto, que tantos protestos sejam feitos pedindo a saída dele.

feliciano

É sempre bom lembrar que a bíblia de fato é contra homens deitarem-se com homens. Está lá, Levítico capítulo 18, versículo 22.

Também é bom lembrar que o mesmo Levítico, em seu capítulo 19, versículo 27 proíbe cortar a barba e cabelo. No versículo 26 do mesmo capítulo, proíbe-se o consumo de qualquer comida que contenha sangue. E por aí vamos…

A mesma bíblia é favorável à escravidão, basta correr até o livro Epístola aos Colossenses e verificar o capítulo 3º, versículo 22, ou a Epístola a Tito, capítulo 2º, versículos 9 e 10.

Ou seja, a bíblia diz um monte de coisas que precisam de contextualização, um monte de coisas que podem simplesmente ser ignoradas, mas sobretudo, um monte de coisas que referem-se a culturas antigas, que não nos servem hoje. E nisso, nem o Feliciano pode discordar, com uma barba, chapinha e sobrancelhas tão bem feitas…

Ou seja, Feliciano simplesmente usa a bíblia para falar aquilo que quer, ser preconceituoso e incitar um discurso de ódio e raiva que não serve a mais nada a não ser elevar o preconceito a uma potência que só a imprenÇa irresponsável é capaz.

Então, Caipira safado e sumido, porque demônios você está escrevendo tanta baboseira?

Ora, ansiosa leitora, precoce leitor. Porque tem me assustado o número de pessoas que se dizem escolarizadas, cultas e sem preconceitos com declarações que incitam tanto ódio quanto o tal deputado ‘tristonho-ao-contrário’ {{é um recorde. É o pior trocadilho com nome de deputado já feito em toda a história da humanidade}}.

Por exemplo:

intolerancia_religiosa

É, eu sei. É meio piegas aquele papinho do erro não justifica o outro e etc. Mas então vejamos, qual o grande mal da religião?

O Estado é laico!!! Berram, infantis, algumas vozes do além. Sim, meus caros, o Estado é Laico. Ser laico, no entanto, não quer dizer que o Estado é ateu {{é, pois é…}}. Senão vejamos:

laico

{{Dicionário Houaiss}}

Pois bem, Gandhi foi um homem laico. Pregou contra o controle religioso no Estado. E ainda assim constituiu-se um ser extremamente religioso e espiritual. O Estado além de Laico {{com letra maiúscula, como toda veneração merece}} é democrático. Desta parte eu me lembro bem.

E sendo democrático, representativo, são candidatos todos aqueles que assim desejarem. E numa coisa todos concordamos {{ateus, religiosos e agnósticos}}, chama-se livre arbítrio. O sujeito é livre para ser candidato. E o outro sujeito é livre para votar no candidato que melhor julgar.

Se você é dono de fazenda, provavelmente votará em alguém da bancada dos ruralistas {{estão aí a Regina Duarte e a Ana Maria Braga que não me deixam mentir – não acredite em mim}}. Se você é gay, provavelmente votou em alguém que defende suas causas. Se você é negro, provavelmente votou em alguém que te represente.

Mas se você for evangélico… Daí não pode votar. É isso?

Parecem-me equivocadas as manifestações que simplesmente abominam a religião do congresso. O congresso é uma instituição democrática, onde as forças democráticas se digladiam e , eventualmente, concluem alguma coisa em comum, gerando leis. O judiciário é quem julga as leis {{eventualmente julga se as leis podem existir ou não, segundo a constituição}}. A imprenÇa é quem julga o judiciário – apagar esta parte.

Oras bolas e carambolinhas. Então qual o escândalo em termos pastores, padres, pais de santo e afins na política?

Há ótimos exemplos de religiosos que fizeram política, tanto no Brasil como no resto do mundo. Quem há de negar a importância de Pe. Júlio Lancellotti, para os moradores de rua? Ou a importância da teologia da libertação para os movimentos de esquerda?  Quem há de negar a importância de Helder Câmara na luta pelos direitos humanos?

Sim, Feliciano precisa ser combatido, bem como todo discurso de ódio. Inclusive contra os evangélicos.

E se você ainda acha que pastor nenhum pode trazer bem à política, lembre-se do discurso daquele PASTOR americano, negro:

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