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25 de novembro é o Dia Mundial de Não Violência às mulheres. E como estamos no Brasil ?

O assunto já é conhecido por todos {{e todas}}, mas a violência não diminui, ao contrário, só aumenta. Mas, qual a raiz de tanta violência ?

O Brasil ainda engatinha no feminismo. A única lei específica sobre o tema {{ou, ao menos, a mais divulgada}} – a lei Maria da Penha – teve tanto resultado prático quanto uma boa noite de sono bem dormida. Ou seja, nenhum. Veja os dados:



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Lei Maria da Penha não alterou panorama de violência no Brasil{{Não acredite em mim – IPEA – PDF}}

 

Sempre bom lembrar que a Lei Maria da Penha {{que o Gilmar Mendes acha que é bobagem}} não surgiu pela pressão interna da sociedade brasileira, mas pela pressão vinda da ONU, que advertiu o país diversas vezes sobre os níveis absurdos de violência contra mulheres no país.

Apesar dos dados concretos:

Cerca de seis em cada sete mulheres (84%) e homens (85%) já ouviram falar da Lei Maria da Penha e cerca de quatro em cada cinco (78% e 80% respectivamente) têm uma percepção positiva da mesma.

{{não acredite em mim – Agência Patrícia Galvão}}

A verdade, como li outro dia no CaraLivro {{Facebook para quem não é íntimo}}, é que o Brasil é o país do achismo-radical. Tanto faz a opinião correta sobre um assunto. Tanto faz os dados que existem comprovando o contrário. Se a percepção da cambada é essa… Assim é.

E assim é com a Maria da Penha.

Mas isso é pouco, os dados são ainda piores… Ainda segundo o mesmo estudo do IPEA…

Taxa do Feminicídio no Brasil

Ocorre que a cada 1h30 uma mulher é assassinada no país. Há mais estupros que homicídios {{todos, não só os assassinatos de mulheres}} no país.

Caso a senhorita ou o pedante senhor não conheçam a história da Maria da Penha {{a mulher que deu origem à lei}}, segue um breve relato…

À queima-roupa

Numa madrugada de 1983, o marido simulou um assalto à própria casa e, com uma espingarda, atirou à queima-roupa na espinha da mulher adormecida. O plano falhou. Maria da Penha sobreviveu, mas ficaria para sempre presa a uma cadeira de rodas.

Ela passou quatro meses hospitalizada e voltou para casa porque não imaginava que o disparo havia partido do marido. Logo viria o segundo atentado. Dessa vez sem fazer teatro, ele a derrubou da cadeira de rodas sob um chuveiro ardilosamente danificado. Maria da Penha só não morreu eletrocutada porque se agarrou, aos gritos, à parede do boxe e a faxineira correu para acudi-la.

Na época, porém, aquele pesadelo não teve o mesmo apelo da história dos empresários sequestrados ou dos inocentes torturados na Favela Naval. A farmacêutica não conseguiu provocar uma reação nacional. Ela teria de esperar quase 25 anos até que a Lei Maria da Penha — que protege as mulheres da violência doméstica e pune exemplarmente os agressores — fosse aprovada, em 2006. E não em decorrência do clamor da sociedade, mas sim de pressões internacionais sobre o governo brasileiro.

{{não acredite em mim – Senado Federal}}

E se a sociedade brasileira não se mobiliza, porque haveriam as autoridades de se mobilizarem ? Pois eis que pesquisa do Instituto Avon {{sim}} registrou que 54% dos brasileiros não sentem confiança jurídica ou policial quando o assunto é este:

Descrença na Justiça{{não acredite em mim – Instituto Avon}}

E como hipocrisia pouca é bobagem…

dados-hipocrita

Não, senhores e senhoras. O agressor não vai preso segundo a lei Maria da Penha. Ou melhor, existe essa possibilidade, leia o relato da promotora…

maria-da-penha-lei

Para bom entendedor meia palavra basta. Mas para bom espancador, meia lei não basta. E o fato é que a lei é frágil e a sensação de impunidade faz aumentar ainda mais o silêncio de quem sofreu a violência.

Mas num país que não é racista {{sendo racista}} e não é machista {{sendo machista}} qualquer lei para inglês ver basta.

A maior parte das agressões são motivadas pelo ciúmes {{é o que apontam a pesquisa do Instituto Avon, Fundação Perseu Abramo e IPEA – ou seja, três diferentes fontes dizendo o mesmo}}. Isso porque a maior parte dos homens vêem as mulheres como posse deles.

É como aquele seu sobrinho mimado ao ver o amiguinho brincando com seu carrinho predileto. Ele pega o carrinho e quebra. Se eu não brinco, ninguém brinca. Ou a bola é minha {{e sai do campinho}}.

É, é pra soar ridículo assim mesmo. Porque é ridículo que num país com estas estatísticas ainda haja quem defenda piadas com estupros, assovios e ‘cantadas‘ nas ruas e por aí vamos… Ou melhor, não vamos…

Tire, você que é homem-macho-sim-sinhô, ao menos o dia de hoje para pensar no assunto. Quem sabe um sopro de iluminação cai sobre a tua cabeça?!

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