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Para impedir o tradicional ato do Dia do Trabalhador, teve desde liminar que deu errado até chave de caminhão de som que ~sumiu~ das mãos de funcionário da CET. É isso aí, essa é a gestão Doria Junior! Deixa o menino brincar, ops, trabalhar!

 

Mesmo com toda a traquinagem de João Doria Junior – o menino gestor, dois dias após a Greve Geral que parou São Paulo, manifestantes voltaram às ruas da capital em um tom inflamado e histórico, para realizar o tradicional ato do Dia do Trabalhador e reforçar as manifestações contra as reformas trabalhista e da Previdência Social.

O ato político de 1º de Maio teve início na Avenida Paulista e após a passeata, levou milhares à Praça da República, onde estavam programados shows de Emicida, Leci Brandão, Bixiga 70 e MC Guimé. A organização foi coordenada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e Intersindical, com apoio de movimentos sociais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.



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Assim como na Greve Geral ocorrida na sexta-feira (28), Doria Junior pôs todas as dificuldades que pôde ao ato desta segunda-feira. Primeiro, tentou uma proibição baseado num TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) criado na gestão Kassab junto ao Ministério Público do Estado em 2007, em que a Avenida Paulista não pode ser paralisada mais do que três vezes por ano, por períodos prolongados. Apenas no domingo (30), a CUT conseguiu reverter a liminar, pautada no fato de que, desde 2015, através da “Paulista Aberta”, não há trânsito de carros aos domingos e feriados, ou seja, o TAC já não se aplica mais.

Vale lembrar que integrantes da CUT, da CTB e da Intersindical haviam realizado, no início da semana, reunião com representantes da Subprefeitura Sé, da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e da Polícia Militar, para definir como seria a manifestação. A proibição veio, apenas, quando Juninho – o Prefeito mais mimado do Brasil – mais uma vez decidiu tratar São Paulo e o tradicional ato de 1º de Maio, como uma de suas festinhas de aniversário.

No entanto, como a liberação foi definida apenas um dia antes do ato, a organização acabou mantendo a concentração dos manifestantes na Paulista, mas com caminhada até a Praça da República, onde haveriam os shows e o encerramento do ato. Ou seja, se Doria Junior queria proibir um grande ato, acabou ganhando dois.

 

Extra extra: Ibagens revelam como João Doria Junior reage quando perde a bola, em São Paulo

 

Trajeto definido, os manifestantes começaram a chegar na Avenida Paulista por volta das 12h. Um pouco antes, novos problemas com a CET {{cuja sigla da atual gestão passou a ser Como Engendrar Tretas}} dificultaram a permanência do caminhão de som em frente ao MASP, local onde inicialmente foi marcada a concentração. Os trabalhadores passaram, então, a se reunir em dois locais. Parte na Paulista com Haddock Lobo, onde o caminhão foi liberado, e parte no MASP, para não perder os que chegassem ao local anunciado ao longo da semana. Por volta das 15h, todos se reuniram e começaram a se organizar para descer a Rua da Consolação até a Praça da República.

Tudo certo para começar a passeata e curtir os shows, certo? Acredite se quiser, o menino Doria Junior fez birra outra vez. A manifestação desceu a rua da Consolação apenas às 17h; inicialmente, a saída estava marcada para acontecer por volta das 14h. O motivo: UM FUNCIONÁRIO DA CET SUMIU COM A CHAVE DO CAMINHÃO DE SOM. Sim! Isso mesmo! Porque birra pouca é bobagem, tem que se jogar no chão, chorar até o nariz fazer ranho, dizer que vai chamar a diretora, causar no parquinho.

O mais curioso é que o Prefeito Kids poderia ter passado ileso neste fim de semana, mas seu ego e seus mimos o cegam de qualquer precaução. Tanto no caso da Greve Geral, que tinha uma clara insatisfação e repúdio ao governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) como em 1º de Maio, cujo ato político tem trajetória e reconhecimento centenários, em nenhum dos casos a disputa política e social sequer citava o menino gestor. Ou seja, Juninho até poderia não ganhar nada com os atos de sexta e segunda-feira, mas também não perderia, se tivesse aprendido que ~Ai ai ai, em boca fechada não entra mosquito, jovem Doria!~.

Os mimos de Juninho na Greve Geral

Para a Greve Geral, Doria Junior também deixou sua marca de menino mimado, quando chegou a prometer UBER gratuito para trabalhadores antes de saber se poderia cumprir. De graça, ficou a vergonha, com um saldo negativo vindo de todos os lados: insatisfação por parte de servidores da Prefeitura de São Paulo, aplicativos de transporte afirmando não saberem de acordo nenhum, vereador líder dos taxistas retirando apoio ao Juninho e chuva de manchetes vexatórias, vindas inclusive do PIG:

 

 

As empresas 99 e Uber negaram ter se comprometido com Doria Junior {{Não acredite em mim – Época}}

 

O vereador Adilson Amadeu (PTB) deixou a base do prefeito Juninho, após anúncio da parceria (que no fim das contas nunca existiu hehe). {{Não acredite em mim – Folha de SP}}

 

Aquele momento que até a Folha tira o rapaz {{Não acredite em mim – Folha de SP}}

 

Não bastasse o estrago, o pequeno Doria chegou a chamar trabalhadores e trabalhadoras que aderissem à Greve Geral de vagabundos, recebendo uma nota do Sindicato dos Servidores Públicos reafirmando que a greve foi oficializada com antecedência, já que os servidores municipais de São Paulo aderiram à paralisação, em decisão unânime, na assembleia realizada no último dia 12 de abril, bem antes de Doria Junior começar a bater o pé. Ou seja, nosso menino gestor vai ter que engolir essa bem quietinho.

Ah sim, e no fim das contas, teve UBER? Não teve UBER. Mas teve Greve? Greve Geral teve. Ôô se teve. E foi linda! Confira como foi, nas fotos e no vídeo do ImprenÇa:

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