Fernando Dutra, presidente do partido da borboleta falida, pretende apresentar um projeto de lei que proíbe doações de empresas privadas a candidatos, permitindo apenas que estas doações sejam exclusivamente para os partidos…
Fernando Dutra em entrevista ao UOL , afirmou que pretende enviar projeto de lei para que o financiamento das campanhas eleitorais sejam feitas em direção aos partidos e não mais ao candidato como sempre ocorreu no país.
Isso significa que se alguma empreiteira resolver fazer doação, não mais poderá doar a candidatura de Sarney ou Dilma ou Serra ou quem quer que seja. Se aprovado, o projeto exigirá que a doação seja feita ao partido e, posteriormente repassada a quem interessar ao partido.
Ouvi primeiro a notícia com certo estranhamento, já que foi dada da seguinte maneira pelo comentarista (cujo nome, infelizmente me esqueci) da Jovem Pan AM em Brasília:
Presidente do PT irá propor projeto contra a transparência no financiamento das campanhas
Oras bolas e carambolinhas, pensei com meus botões, o Fernando Dutra está louco, ou encarnou o outro fernando (este com f minúsculo mesmo)…
Aí resolvi ir atrás do assunto. Se os senhores e senhoras assistirem a entrevista (link acima) perceberão que, antes de dizer que irá propor o tal do projeto de lei, Fernando (o da letra maiúscula) defendeu o financiamento público de campanhas eleitorais.
Posição que vai de encontro ao que pensa o blogueiro, e, para sua surpresa estimado(a) leitor(a), vai de encontro também ao que pensa uma tal de Hillary…
A posição do ‘jornalista’ é de que ao financiar um partido não temos como saber se a empreiteira empresa financiou o candidato X ou o candidato Y.
É verdade.
Mas, lembram-se dos mensalões e mensalinhos? Eu já disse aqui, que essa história toda não enriqueceu ninguém, mas devo me corrigir e dizer, quase ninguém. Enfim, o que quero dizer é que caixa 2 (BUUUUU) é uma prática ilegal e anti-ética mas que não é feita para encher o bolso de ninguém, apenas é feita para que o candidato tenha maior exposição em sua campanha.
O que isso significa?
Significa que eu, caso fosse dono de alguma empresa gigante, teria que pensar muito bem para quem vou doar meu rico dinheirinho, porque, caso eu doe para o candidato derrotado posso sofrer retaliação do candidato eleito, certo?
Quase. Quase, porque o que ocorre na prática é que a empresa gigante doa por fora a todos os candidatos com chances reais de serem eleitos, o que significa? Caixa 2. (BUUUUUUUU).
E essa tal lei vai mudar alguma coisa nesse sentido?
Pouco. Muito pouco. Mas, como disse o próprio Fernando:
Vai de encontro com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral], na medida em que ele [o TSE] fortaleceu os partidos ao formular a regra de que o mandato não é do candidato, mas do partido.
Se você não entendeu a regra é bem simples:
Eu sou eleito pelo partido PIB (partido da imprensa banana) e depois de alguns meses eu saio do PIB e ingresso no PIBO (partido da imprensa boboca). O que acontece? Meu cargo fica a disposição do PIB e não mais a minha disposição (o que evita aberrações como heloísa helena – aquela defensora da ética que processou uma candidata rival por ela – a candidata rival – ser lésbica. Não acredita? Nem eu. clique aqui. ou aqui).
Ou seja, não é nada, não é nada, é muito pouco mesmo.
Mas é bem diferente do que disse nosso querido ‘jornalista’.