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E volta à tona a questão: Responsabilidade x Censura. Não é a primeira vez e, certamente não será a última, que um jornal ou jornalista é proibido judicialmente de ‘falar acerca de algum assunto’, não são poucas as vezes em que a tal ‘censura’ é mera falta de responsabilidade…

Mais um caso entre tantos outros. O jornal “Diário do Grande ABC” foi proibido judicialmente de fazer reportagens sobre o “descarte de carteiras escolares em bom estado de conservação”.

Visto desta forma parece abusivo o meio judicial para a proibição das notícias.

Mas, como sou chato pentelho chato resolvi ir um pouco mais afundo para saber qual foi o motivo real para a proibição…



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Segundo o jornal Estado de São Paulo, o jornal foi censurado por decisão do juiz, que acatou ‘ordem’ do prefeito. É um tanto forçada a versão, eu pessoalmente acredito no sistema judiciário, de maneira que achei a informação um tanto inverídica. {{não acredite em mim}}

A matéria diz ainda que, segundo a prefeitura, a matéria não condizia com a verdade já que as carteiras descartadas não estavam em bom estado de conservação.

A Associação Nacional de Jornais colocou em seu website a seguinte nota:

A nota diz, basicamente, aquilo que toda a imprensa está dizendo, ou seja, que foi censura, que a matéria está correta, etc.

O que fico me perguntando é o que passa na cabeça dessa gente toda. Primeiro que o juiz aceitou a liminar porque viu fatos que diziam que a matéria estava errada.

Sabemos todos que é muito fácil para a imprensa simplesmente atacar a honra de quem quer que seja {{e não estou dizendo que foi o fato aqui}} e posteriormente soltar uma pequena nota dizendo que ‘se equivocou’.

Segundo matéria no portal do jornal envolvido no caso Suplicy (político do mesmo partido do prefeito) teria criticado a decisão judicial. Mas o que mais me chamou atenção é que o jornal cita, como argumento favorável:

Das 117 linhas da reportagem, 33 foram destinadas à resposta do governo Marinho {{marinho é o prefeito envolvido}}{{não acredite em mim}}

Opa! Pera lá! Isso é argumento favorável? Façamos a inversão, o jornal usou 144 linhas para atacar o prefeito {{novamente, eu ignoro se é verdade ou não o que diz a matéria}} e 33 para que ele se defendesse. Mais de 4 vezes número de linhas utilizada.

Uma matéria imparcial daria algo entre 90 e 87 ou 100 e 77 ou algo próximo disso.

Repito que não tomo partido aqui, não conheço a história do prefeito, não li a matéria e não moro no Grande ABC, mas que é evidente que faltou responsabilidade, isso é.

Para mim a questão ainda vai ocorrer com muitos jornais, até que a mídia tome consciência {{eu sou como o Suplicy, ingênuo até o fim}} de que é preciso uma regulamentação decente e que isso não tem nada a ver com censura.

Em tempo: Outra matéria do blog sobre o assunto: A palavrinha mágicaA censura petista (ou desconstruindo outro boato).

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