Um erro ou uma série de erros? Afinal, o que houve e porque tanto escândalo com essa história do ENEM? Serão anuladas as provas? Para quê serve o ENEM? A quem interessa ele?
O ENEM {{Exame Nacional do Ensino Médio}} foi criado em 1998, por FHC, com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante que acaba de finalizar o Ensino Médio {{jura?!}}.
A questão que realmente importa é que, em 2009, foi criado o SiSU {{Sistema de Seleção Unificado}} tornando o ENEM a única prova necessária para uma série de universidades.
Você pode não compreender o que isso significa, mas eu vou deixar bem claro. Hoje um estudante paulista que queira se inscrever nas três principais universidades do estado {{USP, UNESP e UNICAMP}} vai gastar, só com manual e inscrição, cerca de R$100 + R$110 + R$115 = R$325,00.
Repare que estou falando apenas de três universidades paulistas. Imagine agora quantas universidades federais e particulares um estudante de direito não prestaria? Ou de medicina? Ou qualquer outro curso…
O que estou querendo mostrar é que existe uma verdadeira fábrica de dinheiro que é mantida pelos mais diversos vestibulares, esse é um ponto a se levar em consideração.
Não me entenda mal. Não estou dizendo que há uma conspiração {{sou Caipira Zé do Mér e não Soninha Francine}} para fraudar o ENEM e que o governo não tem culpa de nada. Não.
O que estou dizendo é que existe uma poderosa indústri por trás deste esquema todo.
Agora, em 2010, tivemos cerca de 70 mil estudantes teriam sido, de alguma forma, prejudicados pelo tal erro de impressão. Então vejamos quantos alunos foram inscritos:
Mais de 4 milhões e meio de estudantes. Não sou um ás da matemática, mas vamos lá. Dividindo o valor aí do lado por 100 teremos 1%, certo? Então temos 1,5% dos estudantes afetados de alguma forma.
Destes, segundo o MEC, 2 mil terão direito a refazer a prova {{o número exato é 1800}} ou seja, dos 70 mil apenas 2 mil não conseguiram resolver o problema ainda durante a prova.
Claro, toda falha é sim importante. Mas é preciso que verifiquemos se esta é, de fato, uma falha absurda {{como foi em 2009 com o roubo de provas, coisa que também não afetou o ENEM pois as provas foram refeitas…}} ou se, de novo, a imprenÇa exagera.
É preciso lembrar também que o maior interessado que o ENEM funcione bem é o próprio governo federal que utiliza o ENEM como prova aos inscritos do PROUNI, um dos programas que mais é utilizado para propaganda do governo {{repare que não entrei no mérito da coisa, mas apenas da falta de inteligência que seria deixar de lado algo que você usa na tua própria propaganda}}.
Enfim, todo erro precisa ser visto com cuidado e divulgado, sim senhores. Não há, no entanto, motivos para tanto escarceu desta vez {{repito, em 2009 foi algo realmente grave}}.
E teremos provavelmente liminares e mais liminares liberando e proibindo o ENEM, não precisa dar bola até que se concluam os processos…
Vamos esclarecer uma coisa importante : o MEC tentou fazer ele mesmo a impressao o STJ barrou. Aí o mEC fez a licitação e quem ganhou foi a mesma empresa q causou o prob ano passado. O MEC entao recusou, aí o MESMO stj DEU GANHO DE CAUSA A EMPRESA. e AGORA É O VIMOS.
O que me incomodou nesta questão do ENEM foi a postura alarmista de todos os lados: a imprensa metendo o pau e defensores incondicionais do governo falando em “fritura” do Ministro Haddad. Pra piorar, MPF consegue na justiça a anulação da prova, que é desnecessária, como bem explicou o próprio Haddad no Bom Dia Brasil hoje.
Alguns pitacos: o ENEM é bastante visado, portanto não é conveniente ter os problemas que ocorreram. Os candidatos se angustiam, como em qualquer vestibular ou concurso, e botam a boca no mundo – se acontecer alguma falha assim na Fuvest, por exemplo, vamos ver candidato xingando muito no Twitter. Atitude normal de candidato que vira um forfé para a imprensa. O ENEM, como qualquer vestibular ou concurso, precisa se precaver contra a Lei de Murphy, não tem jeito, mas alguns procedimentos já são padrão neste tipo de prova, como, em caso de questão com mais de uma resposta ou sem resposta, anular e conceder o ponto correspondente a todos os candidatos. Mas é desnecessário anular a prova toda, com certeza. Os problemas de impressão são localizados, é possível reaplicar a prova só para quem usou o material do lote com defeito, sem prejuízo de nenhum candidato. Agora, achar que isso pode derrubar um ministro em final de mandato já é demais, né? O máximo que pode acontecer e ele não ser mantido no cargo pela próxima presidente, e não creio que isto venha a ocorrer.
Jornalistas analfabetos funcionais que não pesquisaram o que é TRI (Teoria de Resposta ao Item)
Na indigência intelectual dos mesmos, criaram uma hecatombe, baseada num realidade alternativa, onde o ENEM foi um desastre com 99%-99,08% de eficiência.
Que existe interesse financeiro isto fica claro, mas independente do interesse e do tamanho que ele seja o Estado deveria cumprir seu papel.
Se o problema é de gráfica que o Estado faça as provas vigiadas por exército, a responsabilidade é do Estado, se há interesses ele tem obrigacao de se esquivar e resguardar toda idoneidade da prova.
Mas Hugo,
Ningu
idoneidade no sentido de adequabililidade =D
O parametro pra este tipo prova não pode ser falhas de outras faculdades.
E se o erro fosse de apenas anular uma ou outra questão nem se questionaria anular todo exame.
Ninguém manda o governo endeusar tanto esse Enem. O tamanho da queda é proporcional à sua altura.
Neste caso ficam claros duas coisas: a falta de preparo do governo em preparar esta prova em grande escala repensando a aplicação da mesma á partir do momento que ela cresceu em importância e o sensacionalismo da imprensa em cima de um assunto que merecia um tratamento mais idôneo do que recebeu.