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Antes de iniciar qualquer discussão peço que observem uma foto.

 

 

Tudo pela fama?



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A foto acima foi tirada por mim em um banheiro de um bar da cidade de São Paulo {{não, o perfil não existe ‘mais’}}. O sujeito teve a pachorra de ir até o banheiro munido de uma caneta para pichar o banheiro com o seu perfil do twitter.

Antes, contudo, de imaginar a grotesca cena de um sujeito sacando o próprio celular, acessando o twitter e procurando o tal perfil do “@robnoivo” para imediatamente apertar o botão ‘seguir’, vamos verificar uma outra situação.

O perfil do blog ImprenÇa conta hoje com cerca de 1670 seguidores. Este número, para algumas poucas pessoas, dá a falsa impressão de que o perfil do twitter é um perfil influente. Assim sendo de tempos em tempos recebe-se a desagradável mensagem na área destinada às mentions:

Me segue que eu te sigo?

Não sei exatamente de onde vem a irracional ideia de que isso é uma gentileza, mas explico: Qualquer ser humano pode ter um twitter com mais de 10 mil seguidores, acessando um desses robôs que fazem promessas do tipo: “ganhe mil seguidores em poucas horas“.

Mas o que significa 10 mil seguidores robôs? Intelectualmente não significa absolutamente nada. Nada. Um perfil no twitter que tenha 100 seguidores pode ser mais útil que um perfil com 8 mil seguidores. Por quê? Porque os 100 seguidores são pessoas que vão ler, de fato, aquilo que é escrito no twitter, enquanto as 8 mil pessoas-robô não leem, não respondem e não clicam nos links que mandamos.

Ainda assim, muita gente prefere ter 8 mil seguidores.

A ideia de rede social, para nós que fazemos parte do blog ImprenÇa {{sim, isso te inclui}}  é que seja um espaço de discussão. Discussão requer pessoas atentas àquilo que está sendo escrito, seja no blog, seja no twitter, seja no facebook ou orkut.

Sejamos práticos. Uma pessoa é humanamente incapaz de interagir decentemente com mais de mil pessoas ao mesmo tempo. Simples assim, não dá.

Isso significa dizer que se o perfil do blog no twitter seguir as 1670 pessoas que o segue ele ficará impossibilitado de absorver toda a informação que chega por ali. Este é o motivo pelo qual o perfil do blog segue um número limitado {{não a ferro e fogo, mas limitado}} de pessoas. Para que seja capaz de filtrar aquilo que interessa e repassar aos seguidores aquilo que parece interessante.

Crédito da foto: {link url="http://www.flickr.com/photos/zonaretiro/5878124815/sizes/l/in/photostream/" target="_blank"} Zona Retiro {/link}

 

Mas, afinal, o que raios estamos fazendo nas redes sociais? Política? Hobbie? Busca pela fama?

A última opção tem sido a regra por aqui. E nisso vale tudo. Seja na lógica maluca do “segue que eu te sigo”, seja em meio às discussões no twitter.

Pessoas que, independente de ter razão ou não, preferem abrir mão de ser educado {{note que não usei ‘polido’, apenas ‘educado’}} porque sabe que um block vale mais seguidores do que uma discussão saudável. É o bom e velho jogar para a torcida. Então a pessoa chega no meio da discussão, não sabe aquilo que está sendo tratado mas faz questão de usar uma caixa alta para se destacar.

Gente que ao ganhar meia dúzia de leitores novos no blog considera-se acima de toda e qualquer verdade, a ponto de inventar fatos, distorcer ou simplesmente de não precisar argumentar, porque, afinal, tem XXXX leitores diários, enquanto o fulano que está começando tem apenas 50.

Quantos perfis famosos {{famosos para quem, cara pálida?}} você observa não repassar as informações de um blog menor, simplesmente porque o blog é menor? Ou ainda, quantos blogs por aí abdicam, quase que diariamente, de escreverem posts e passam a escrever duas ou três linhas enquanto dedicam-se a copiar as postagens de outros blogs.

Qual o sentido disso?

Certamente o argumento será o bom e velho ampliar a discussão {{só eu vejo arrogância nisso?}}. Pois amplia-se a discussão copiando e colando as informações? Não seria mais útil escrever um post sobre o mesmo assunto e indicar o blog que te pautou?

Quer um exemplo? O blog do deputado Brizola Neto fez exatamente isso {{não acredite em mim}}. Ao ler um post neste blog sobre o metrô de São Paulo, Brizola Neto resolveu ampliar a discussão. Só que de verdade. Foi então que ele indicou o blog de onde tirou a informação e escreveu sua opinião a respeito.

É a sutil diferença entre ampliar a discussão e ampliar a sua audiência.

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