Periferia, no Shopping, dá cadeia.

Em pleno 2013, jovens de periferia {{em sua maioria negros}} são alvos da polícia pelo crime de… sair do gueto.

O Chopim {{pássaro bonitinho, mas ordinário, da foto acima}} é uma ave que também pode ser considerada parasita. Ela deposita seus ovos em ninhos de outros pássaros. Desta forma o filhote é criado por outras espécies enquanto a mãe pode ficar tranquilinha. 

Atenção: História meramente ilustrativa. Não contém nenhuma referência ao post abaixo nem tampouco pretende dar aulas de biologia.

Pois eis que surge um sábado qualquer na vida dos paulistas. E enquanto a classe média paulista xinga Lulas e Dilmas e PTs, comemora a regulamentação da maconha {{e o discurso da ONU de Mujica}} no Uruguai {{sem se dar conta de que é apenas para uruguaios}}, alguns jovens de periferia resolvem fazer um rolezinho.

Um rolezinho, para quem não sabe é um grupo de moleques e molecas da periferia, vestidos a caráter {{o preconceito da afirmação é proposital e deve ser encarado como sátira}} resolveram invadir um Shopping Center.

A polícia, genial que só ela, foi chamada e respondeu ao chamado. Prendeu 23 adolescentes sob a acusação de… Er… Na verdade não houve acusação. O Shopping, inclusive, soltou nota dizendo que não relatou nenhum crime.

Pois eis que a polícia resolveu levar 23 adolescentes presos {{foram soltos depois de horas de sermão e encheção de saco da PM, coisa, aliás, na qual são mestres. Nisso e em solucionar casos de Mônica perdida… E não falemos em Amarildo, que isso é outra coisa…}} e eis que a folha resolveu escrever sobre o assunto.

O medo era de que se repetissem as cenas de pânico e correria, vistas no sábado, quando centenas de adolescentes, concentrados em uma das portarias, entoaram em uníssono uma espécie de hino de guerra, enquanto avançavam para dentro do centro de compras.

{{não acredite em mim – folha}}

Note que os negros e pobres tiveram a audácia de AVANÇAR sobre um Shopping de PESSOAS DE BEM! ABSURDO! Mas a folha, continua…

Seria um arrastão? Saque? Quebra-quebra? Helena de Assis Pregonezzi, 55, empresária do ramo de caminhões de mudança, jurava ontem na praça de alimentação lotada ter visto jovens com revólveres. “Tem de proibir esse tipo de maloqueiro de entrar num lugar como este”, discursava entre garfadas na pizza de picanha com Catupiry.

A PM rapidamente interveio e deteve 23, mas depois de um chá de cadeira no 2º Distrito Policial de Guarulhos, todos foram liberados de madrugada, sem acusação. O shopping, em nota, disse que nada foi roubado.

 

O jornalismo plural da folha esteve {{disse que esteve é um termo mais correto}} no Shopping. Foi capaz de entrevistar a agredida mas incapaz de dar voz aos agressores. Nenhum jovem foi ouvido pela reportagem…

Estavam sem voz e resolveram entrar no Shopping. Saíram algemados e sem voz… A folha, obviamente, foi além. Não dar voz seria apenas manter o status-quo defendido pela comedora de pizza de picanha com catupiry {{que nojo… Da pizza, da mulher, da folha…}}…

compareceram ao “rolê” convocado pelo Facebook com o traje a rigor de nove entre 10 funkeiros: boné da Quiksilver, tênis da marca Mizuno, bermuda, camiseta, anéis e colares de prata ou ouro, óculos escuros da Oakley.

Ontem à tarde, na porta de uma loja de tênis do shopping, um adolescente de 17 anos, usando boné Quiksilver de R$ 150, cobiçava na vitrine o Mizuno Wave Prophecy 3 de R$ 1.000.

 

Note que o termo é COBIÇAR. Não é desejar, não é sonhar, não é pesquisar. É cobiça. Inclusive, pecado-capital…

O blog apoia rolezinhos, beijassos-gay, amamentação em grupo e em público e outras formas de sair do gueto.

Vai ser bonito o dia que o Chopim ingressar no Shopping JK.