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O ano segue, a esquerda focando em discussões sobre eleições internas, eleições de 2018, apropriação cultural e afins. Enquanto isso, Dória Jr segue seu plano de privatização da cidade.

Cracolândia

 

Dória afirmou que vai começar a retirada “humanizada” dos moradores do fluxo.

 



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{{Doria diz que vai começar a acabar com a Cracolândia neste semestre – não acredite em mim – UOL}}

 

As definições de humanizado, no entanto, foram recentemente atualizadas. Conforme matéria da Agência Democratize:

{{Prefeitura, PM e GCM se unem para atacar moradores da região da cracolândia – não acredite em mim – Democratize}}

 

A reportagem informa que um dos coordenadores da ação é dono de comunidades terapêuticas no interior do Estado de São Paulo, deixando claro que humanidade e lucro, para Dória Jr, andam lado a lado.

Outro exemplo da humanização pode ser dado pelo Pe. Júlio Lancellotti.

Carnaval

 

Firme na missão de acabar como carnaval, o prefeito-gestor-privatizador-acelerador fez proibir uma série de vias públicas em Pinheiros {{confira na edição “semana 5” do nosso semanal}} por conta do trânsito. Já no centro, proibiu o carnaval em uma praça pública, por aclamação dos moradores.

A arquiteta Gabriela de Paulo estava indignada por um local cívico como o Memorial não se preocupar com a segurança e estrutura do Carnaval de rua. “Há alguns anos passo o Carnaval em São Paulo. É ridículo impor limite de pessoas numa festa como essa. Não permite as pessoas aproveitarem democraticamente. É uma afronta ao Carnaval livre. É meio frustrante”

Não pode na rua, não pode na praça.

{{Doria proíbe blocos de carnaval na Praça Roosevelt – não acredite em mim – Estadão}}

 

Enquanto isso, no carnaval de-rua-mas-em-local-fechado, confusão e frustração.

{{Pré-Carnaval com Banga e Sargento Pimenta tem tumulto e invasão em SP – não acredite em mim – UOL}}

 

O UOL definiu da seguinte forma: “A organização esperava um público rotativo de 60 mil pessoas, mas logo na abertura dos portões, às 15h, já havia empurra-empurra e notava-se que o espaço não estava preparado para a folia com segurança.”.

Não pode na rua, porque atrapalha o trânsito. Não pode na praça, porque faz barulho. Não pode em local fechado, porque dá confusão.

O carnaval promete.

Educação

 

Nós vimos, na edição “Semana 4”, Dória Jr tirou dinheiro de habitação popular e corredores de ônibus para pagar um acordo com o sindicato dos professores. Acusou Haddad pela confusão. Nós já demonstramos nos semanais 4 e 5 que o argumento não bate com a realidade. Mas podemos ver agora outras formas de gastar dinheiro público que poderiam ser usadas para o pagamento dos professores, sem que a habitação popular ou os corredores de ônibus ficassem prejudicados.

Por exemplo:

{{João Doria, prefeito de São Paulo, fechou parceria com a Fundação Cacique Cobra Coral, a entidade esotérica que teria o poder de controlar o clima – não acredite em mim – O Globo}}

Gastos com publicidade, 100 milhões de reais ao ano, por 4 anos. O aumento dos professores era de 450 milhões.

{{Doria abre licitação e prevê gasto de até R$ 100 mi por ano com publicidade – não acredite em mim – Estadão}}

 

Mas para o transporte, não tem.

{{Mães, motoristas e crianças protestam contra perda de transporte escolar gratuito em SP – não acredite em mim – G1}}

 

Não tem para o salário dos professores, não tem para o transporte escolar. Mas tudo bem, quem teria direito a ele são “estudantes com restrições físicas para chegar à escola, como presença de rios ou trilho do trem no meio do caminho, ou com doenças crônicas”. nada que fará falta, não é mesmo ? É, eu sei que não é.

Mobilidade Urbana

 

{{Ciclovias estão largadas. É que umas ruas são mais “lindas” que outras, né?}}

 

Já os cobradores estão aprendendo uma lição fundamental na política: a eleição é algo importante.

{{Cobradores vêem ‘traição’ de Doria e armam ‘batalha’ por emprego – não acredite em mim – Estadão}}

 

“É revoltante. O prefeito pediu voto da categoria na campanha e nós apoiamos ele. Depois vem dizer que vai desempregar a categoria que apoiou a candidatura dele. A gente vai tratar isso como traição”, disse Noventa, presidente do sindicato.

Bem-vindo ao mundo real, amigo. Você não é o único, com certeza.

Saúde e Corujão

 

O fotógrafo André Lucas – C.H.O.C Documental – fez um registro interessante a respeito da saúde pública de João Dória Jr:

{{Hospital Sorocabana, Lapa. – 09.02.17}}

 

{{Corujão de Doria já tem queixas de usuários no Conselho de Saúde – não acredite em mim – Rede Brasil Atual}}

 

O fechamento das farmácias continua gerando protestos por parte dos usuários do SUS, mas não apenas. Desta vez o Centro Acadêmico de Farmácia e Bioquímica da USP fez uma nota de repúdio ao projeto:

{{O Centro Acadêmico de Farmácia e Bioquímica da USP gostaria de manifestar repúdio através desta nota ao projeto do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), de fechar as farmácias públicas para priorizar a distribuição de medicamentos pela rede privada – não acredite em mim – CAFB/USP}}

 

Guerra das Tintas

 

Enquanto fecha farmácias, corta transporte público de crianças, Dória segue a cortina de fumaça da guerra contra os pichadores. Desta vez a questão foi o valor da multa que deseja aplicar.

{{Doria vai cobrar restauro de pichador e instalar 2,5 mil câmeras – não acredite em mim – Estadão}}

 

Além da bizarra ideia de lotar a cidade com câmeras, torrar um baita dinheiro nelas, a ideia é multar E cobrar os autores do picho/grafite.

Para o coordenador da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, Martim de Almeida Sampaio, a cobrança acumulada de R$ 50 mil e ainda de restauro dos monumentos pode ser caracterizada como inconstitucional, se o valor total for superior ao custo de limpeza. “Pelo nível elevado da multa e pelo efeito confiscatório, isso é um tributo altamente pesado e disfarçado de multa. Há esse risco de o prefeito se ver julgado com um ato incompatível com a Constituição”, disse.

Cultura

Dória cortou/congelou cerca de 45% da verba para a cultura na cidade.

Bônus Track – Momentos “divertidos”

 

 

{{Prefeito de SP precisa ‘se fantasiar menos e entregar mais’, diz autor americano citado por Doria em discurso – não acredite em mim – BBC}}

{{Sem recursos, regionais de Doria dizem ‘enxugar gelo’ e ‘fingir que trabalham’ – não acredite em mim – Estadão}}

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