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E eis que José Padilha faz uma série absolutamente panfletária e o Netflix compra. E eis que um influenciador-digital-acadêmico resolve que é hora de exigir o cancelamento das contas do serviço de filmes digitais e uma série que passaria, literalmente, em branco por toda a sociedade, vira alvo de polêmica e, claro, passa a ser assistida.

O ImprenÇa, que adora uma polêmica, resolveu então demonstrar 5 motivos pelos quais a esquerda deveria manter sua conta no Netflix.

 



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1. A resposta da conta oficial do Netflix a um comentário transfóbico sobre um filme da Laerte (e a própria disponibilidade do filme)

Netflix tem em seu catálogo um documentário a respeito da cartunista Laerte. “Laerte-se” como chama o longa metragem já está disponível no catálogo nacional e internacional e já seria um bom motivo para manter sua conta, afinal, trata-se de um filme, digamos, esquerdista. Assista o trailer:

Mas caso apenas a disponibilidade do filme seja pouco, confere aí o que a Netflix respondeu sobre uma assinante transfóbica:

“Opinião é você preferir estrogonofe de frango ou de carne. Não deixar que alguém busque sua própria identidade não é opinião, é opressão” , respondeu o serviço.

2. Netflix demitiu executivo que desprezou acusações de estupro contra Danny Masterson, de The Ranch

Netflix demitiu um executivo que desprezou acusações de estupro contra Danny Masterson. Andy Yeatman foi dispensado pela plataforma online no dia 11 de dezembro de 2017.. Ele não quis comentar o caso.

“Os comentários do Sr. Yeatman foram descuidados, desinformados e não representam a visão da empresa”, declarou a Netflix, no início do mês, quando o diretor de conteúdo global para crianças disse, na lateral de um jogo de futebol infantil, que não acreditava nas acusações contra o ator e produtor de The Ranch, e por isso ele não seria punido.

Já é mais que muito partido de esquerda faz para punir assediadores, ou não ?

3. Netflix encerrou uma das séries mais lucrativas – House Of Cards – por conta do assédio de Kevin Spacey

Após a repercussão da denúncia de assédio sexual contra o ator e produtor-executivo Kevin Spacey, intérprete do protagonista Frank Underwood, a Netflix anunciou que a série House of cards será encerrada na sexta temporada. Durante uma entrevista ao Buzzfeed news {{não acredite em mim – Buzzfeed}}, o ator Anthony Rapp (Star Trek: Discovery, distribuída mundialmente pela Netflix) afirmou ter sido assediado por Spacey durante uma festa em 1986, quando ele tinha apenas 14 anos.

Em comunicado oficial, o criador da série, Beau Willimon, declarou que “a história de Anthony Rapp é profundamente preocupante”. “Durante o tempo em que eu trabalhei com Kevin Spacey em House of cards, eu não testemunhei nem estava ciente de qualquer comportamento inadequado. Dito isto, eu faço investigações sérias sobre tais comportamentos e este caso não é exceção. Eu sinto pelo Sr. Rapp e apoio sua coragem”, disse Willimon.

4. Ótimos filmes sobre gays, comunismo, feminismo e temas que a esquerda gosta, sem manipulação.

Se é verdade que a Netflix tem em seu catálogo filmes panfletários e séries deturpadas politicamente, também é verdade que há inúmeros outros filmes e séries para se assistir. Quer saber quais ? A gente indica:

  • Amor por direito

“Amor Por Direito” conta a história real da Laurel Hester, policial com câncer terminal que precisou lutar pelo direito da esposa Stacie Andree de receber a pensão destinada aos viúvos de quem trabalhava na corporação.

  • Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

Esse ótimo longa nacional foi premiadíssimo ao redor do mundo, inclusive no badalado Festival de Berlim. O filme conta a história de um adolescente cego que tem sua vida virada de cabeça para baixo ao se apaixonar por um colega de escola. Essa é uma adaptação para as telonas do curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, que também foi muito premiado e merece ser assistido.

  • Capitalismo, uma História de Amor

Esta história de amor é o retrato da crise do capitalismo a partir do seu próprio berço. Capitalismo corresponde ao zénite da evolução ideológica do realizador norte-americano, não acabasse o filme ao som da Internacional. Mas sobretudo, o documentário perfaz a lista pelos relatos dramáticos dos trabalhadores que pagam na pele o preço do amor dos EUA pelo capitalismo.

  • Réquiem for the American Dream

Ao longo de 75 minutos, Requiem for the American Dream reúne uma série de entrevistas do linguista, filósofo e cientista político, Noam Chomsky, gravadas nos últimos quatros anos. Um autentico comuna.

Entre tantos outros…

5. Não seja um(a) fanático(a) religioso(a)

Deixe de bobagem. Netflix não é comunista, é uma empresa americana que, como tal busca lucro. Você pode começar a revolução encerrando sua conta do Netflix ? Até pode, mas seria melhor arregimentar pessoas para ir às ruas lutar pelos direitos que nos estão sendo cortados, antes de priorizar a chamada pública de um sofá-ativismo dos mais preguiçosos.

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