Pois eis que aquele programa pseudo-sério, pseudo-humorístico, comandado pelo ex-professor Tibúrcio, resolveu que iria escandalizar, criar polêmica. E resolveram colocar o senhor da foto acima para, digamos, responder perguntas de telespectadores.
Veja você mesmo…
Primeiro coisa que passa na mente de um ser humano {{daqueles que nasceram com cérebro}} depois de assistir uma desgraça dessas é: “Que diabos esse cara está falando?!”
Depois, naturalmente, como é do feitio tupiniquim começa o ‘auê’. É correr e ‘xingar muito no twitter’. Fosse alguns anos atrás {{
nem tantos assim}} e seria correr para criar uma comunidade de repulsa no Orkut. Sim, ações extremamente úteis, de fato. Tão útil quanto a
hora do planeta.
Depois disso o polvinho começa a reclamar e exigir que o tal deputado estadual {{do RJ}} seja cassado, porque, afinal, é muito preconceito até para quem é preconceituoso e não admite {{estou falando com você}}.
E não que eu me sinta muito acima dos que xingam muito no twitter, mas eu resolvi parar para pensar no tal programa do tal careca que deu voz ao nobre deputado. Um leitor sagaz dirá: ‘é bom dar voz, para que haja discussão, polêmica, traga o assunto à tona’. E eu direi que isso só seria aceitável se houvesse a mesma exposição no programa para uma voz de alguém que raciocine, que dê o ponto de vista de seres com cérebro às declarações do tal bolsonaro…
Mas eu não concebo que o CQC não seja responsabilizado pelas declarações dadas pelo quase ser humano em questão. Como disse o Maurício Stycer:
Antes de exibir a entrevista, Marcelo Tas apresentou Bolsonaro como “o deputado mais polêmico do Brasil”. Ao final, disse: “Eu prefiro acreditar que o Bolsonaro não entendeu a pergunta da nossa querida Preta Gil”.
O “CQC” tem o direito de entrevistar quem quiser e o deputado pode falar o que bem entender. A Justiça está aí para avaliar se ele cometeu algum crime, ou não. O que me espanta é o programa ter levado ao ar uma resposta tão grosseira havendo dúvidas, como manifestou Tas, que Bolsonaro pode ter entendido errado a pergunta.
Marcelo Tas, em entrevista ao Terra Magazine disse:
A propósito do CQC, o que me espanta é a reação de pessoas, inclusive de movimentos de defesa de direitos dos gays, que acham que nós não podemos tocar em assuntos como esse. É o mesmo preconceito do outro lado. Eles não entendem que o humor, às vezes, joga luz sobre alguns assuntos, como esses que foram tratados ontem, e eles ganham uma dimensão que de outra forma não teriam.
O que Marcelo Tas finge não saber {{porque burro ele não é}} é que ele pode tocar em qualquer assunto, desde que o faça com o mínimo de bom senso. O bom senso nesta situação não seria não dar voz ao bolsonaro {{neste ponto comungo com os que acham que é bom revelar o preconceito de parte da sociedade, 120 mil cariocas, ao menos}} mas dar voz a algum ativista que pudesse rebater os argumentos ridículos do deputado preconceituoso.
E não adianta dizer que é um programa de humor, porque o vídeo do início do post mostra que não há graça nenhuma no que foi dito. E não é uma piada que não deu certo. Simplesmente não é piada.
E o tal deputado, que tem muito cartaz pra pouco filme, foi posto no palco pra dizer o que pensa (sim, ele acha que pensa) sem ter decorado direito o texto. Agora, respondendo aqueles que não comandavam o espetáculo mas se viram no direito de fazê-lo, se diz mal interpretado repetindo, como fazem os papagaios, que ofendeu sim, mas não a filha de um ex-ministro. E nesse caso, escreveu (diferente da dúvida criada sobre o nobre colega Tiririca, ele não precisou provar que sabe escrever) uma nota de esclarecimento reiterando o preconceito latente porém digno de “respeito as posições de cada um”. É…pelo jeito esse cara está aprendendo direitinho com o tal colega (e nem precisa provar que tem diploma da Escola Nacional de Circo). Eles e os 120 mil palhaços que aplaudem o que ele fala.
Esse texto bate no inimigo errado. O CQC fez muito bem em mostrar o discurso do Bolsonaro. Jogou o deputado para o meio da roda. Mesmo tentando tapar o sol com a peneira no assunto do racismo, os apresentadores prestaram um servi
O deputado Bolsonaro é um facista desde os tempos da ditadura, foi caça comunista e participou dos grupos que invadiam as casa e torturavam seus presos por supostos envolvimentos com os comunas.
É racista e preconceituoso sim, um belo fdp da classe dominadora que detesta ler a noticia de que a classe C esta comprando, gastando viajando e etc… é daquele seleto grupo que instituiu i AI-5 no país para sucatear a educação e cada vez mais escravizar a massa pela manipulação de informação.
Agora querer crucificar pelo que ele sempre foi e demagogia demais para meu gosto, o cara sempre foi esse FDP racista e opressor… o povo burro que ele abomina e manipula que não deveria votar nele.
{{Pela sua lógica, Hitler estaria absolvido, afinal, sempre foi o fdp que foi e foi eleito pelo povo… Enfim, qualquer safado estaria absolvido… e daí que ele foi eleito? Collor também foi…}}
nunca li uma critica tão que me deixasse com tanta raiva do escritor nao defendo nem um nem outro polemica o cqc criou e do mesmo modo vc tenta criar com este teu texto,realmente nunca mais volto a visitar seu espaço,que continue bem.
{{faz muito bem, obrigado}}
Concordo plenamente com o colega aí de cima, parece que ele ainda não entendeu o propósito do programa CQC( por sinal, o melhor programa que nós temos atualmente na tv, na minha opinião…)
O Marcelo Tas, não quis dizer que acreditava no deputado!!! , ele fez um comentário super indireto e perplexo sobre que o deputado falou!!!!
Aposto que ele deve adorar é o zorra total………..
{{Laura, você leu o post ou só o título?}}
Quem escreveu o post não sabe do formato do CQC. Esse quadro é “o povo quer saber” e não “debate para o povo”. Imagina então se toda vez que alguem fosse entrevistado e desse uma opinião tivesse que ter alguem com uma opiniao contraria pra falar tambem ? Post fail.
{{Ivan, meu querido,
A besta do autor, no caso eu, sabe exatamente do que se trata, inclusive viu o programa inteiro antes de escrever o post.
Ivan,
O fato do entrevistado dizer coisas absurdas há QUARENTA DIAS ATRÁS deveria ser o suficiente para que alguém responsável pelo programa desse voz a opiniões decentes sobre o assunto, pq senão vira incentivo às barbaridades ditas…
O jornal tem responsabilidade sobre aquilo que publica. O blog tem responsabilidade sobre aquilo que publica. A TV também tem, só isso.}}
perda de tempo vir este blog e ler este artigo. Claro que todos podem dar suas opiniões, mais vir falar mal do CQC, um dos melhores programas atualmentes, já e de mais. Me responde uma coisa. Qual o programa seja qual for ( jornalistico, humoristico, ) tem a coragem que o cqc, tem ? tem a cara LIMPA, que o CQC, tem. De ir atras desses politicos, de vigia-los, de argumenta-los. Fazer perguntas, que qualquer um de nós gostariamos de fazer, colocar eles entre as paredes ? Acho que nem tem o que discutir contigo caro autor, o CQC ganhou diversos prêmios pela tua qualidade. Caso que tu nunca ira atingir, correto ?
{{Se não há o que se discutir, porque raios você me pergunta?}}
só consigo imaginar um tipo de pessoa que goste de CQC enquanto programa “jornalístico”: o pseudopolitizado, cujo envolvimento com questões políticas não vai além da ladainha do senso comum, “todo político é corrupto e safado”. é gente de mentalidade preguiçosa que, ao invés de se informar e refletir com seriedade sobre os assuntos da pauta política, compra o discursinho fácil, raso, que se traveste de politizado mas no fundo só serve pra esvaziar o debate. é um absurdo que marcelo tas seja mais ouvido do que sociólogos, economistas, cientistas políticos, profissionais sérios, capazes de fazer uma discussão consistente sobre temas como preconceito, desigualdade, liberdade de expressão. já pararam pra pensar que ninguém no brasil que estuda seriamente estes temas sequer reconhece marcelo tas como jornalista?? e, ainda assim, para seu público, ele tem status de formador de opinião. claro, o discurso é simples, é fácil de ser digerido e repetido. é quase um fast food. pena que tão indigesto.
Caipira, respeito a sua opinião. O formato do quadro é este, não existe um contraponto neste quadro. O Bolsonaro já fez outras participações no CQC, no quadro Documento da Semana e este sim existe o confronto de opiniões.
A grande questão não é o CQC ter mostrado ou não o quadro, mas sim o nobre deputado achar que pode falar o que quer e bem entende por ser amparado pela imunidade parlamentar.
Então homossexualidade se conserta na porrada? Dependência Química se resolve com tortura?
A omissão é um dos graves erros que todos nós cometemos diariamente. Aplaudo o CQC por não ter sido omisso desta vez.
Realmente, devemos ser bem críticos, o CQC deveria ser um programa humorístico e não desse mesclado de humor e jornalismo.. mostrar isso em programa humorístico é banalizar a questão homofóbica, é tratar ela como se fosse humor… o que ele disse deveria sair em programas sérios, porque, é forte, é pesado. O pessoal acima disse que o CQC não é programa de debate, mas concordo que se for para mostrar tal falta de racionalidade, deve ter algo para contrapor, se não vira “humor”. Desculpa mas não consegui passar bem o meu ponto de vista, ótima matéria, até vou deixar nos favoritos o site, ótimo!
Com base nos comentários, acho que muitas pessoas não entenderam um grande argumento do Zé. O programa deu voz a uma parcela da sociedade (até aí bacana), um pequeno segmento que louva a ditadura, detesta os gays, sente repulsa pelos negros, enfim, essas coisas. O CQC dá voz a esse grupinho e deixa a GIGANTESCA maioria muda, nada demais se isso não amplificasse em mil vezes a opinião desse nobre deputado. O que acontece? Já vi pessoas discutindo no bar que o deputado tem razão, daqui a pouco não se pode nem mais falar ‘viado’ na rua. Levantei-me e perguntei se eles gostavam de boiolagem. Ficaram com raiva na hora e perguntei bem depressa se eles concordavam com aquele episodio do cara que quebrou a lampada no rosto de um rapaz só porque ele era boiola. Po, o pessoal entendeu na hora. Posso falar de pretos, eu não posso é xingar alguém de preto. É na ofensa, na discriminação que está o problema. Programas como o CQC que pregam o HUMOR INTELIGENTE estimulam a desinformação, o preconceito e a intolerancia. Um completo desserviço. obrigado CQC
Muito bom o texto.
CQC acabou. Se vendeu cedo demais e mostrou que é reacionário, preconceituoso, apelativo e muito menos inteligente do que pretende.