Até onde podemos chegar com o politicamente correto? Quando vejo certas políticas públicas logo me vem a cabeça o porque destas ações, se são realmente necessárias ou apenas para que pareçam boas ações…
Alguns exemplos:
África do Sul distribuirá camisinhas nos estádios [só para assinantes]
Foliões poderão fazer teste rápido de HIV durante o Carnaval [livre]
Até garçom fumante está menos intoxicado [portal do governo do estado de SP]
O que fará com ela?
Muito provavelmente jogará fora. Ou colocará no bolso e sentará em cima dela (inviabilizando o uso).
Pense na quantidade de pessoas que irão, realmente, utilizar a camisinha. E pensa na quantidade de camisinhas dispensadas na brincadeira.
Não seria melhor distribuir as camisinhas nos hotéis da África do Sul? Colocando nos banheiros de bares e danceterias?
Agora vamos à segunda notícia…
Foliões poderão fazer teste rápido de HIV no carnaval
Não me presto ao desprazer de comentar o pleonasmo do título, porque já desisti de esperar alguma noção de certos jornalistas (que costumam estar errados, vejam só…).
Apenas farei uma lembrança.
No início da epidemia do HIV/AIDS (estamos falando de meados dos anos 80) existia um considerável índice de mortes indiretas pela doença. Como assim? Simples, a pessoa ficava sabendo do diagnóstico (no 5º andar do HC em São Paulo) e se jogava ali mesmo do prédio.
Razão pela qual hoje é obrigatória a presença de um profissional da psicologia na hora de informar os diagnósticos positivos.
Razão também para que o HC providenciasse vidros no local, é só ir até lá para conferir…
Agora imagine que você está no meio da folia em Recife, toda(o) animada(o) e resolve fazer o teste rápido. E rapidamente fica sabendo que você tem o vírus…
Bacana né?!
A última notícia que separei é ainda mais irreal. Ok, ignore o título porque é do portal do governo de SP, que fez a lei e, portanto, tem todo o interesse em julgá-la boa…
Mas pare para pensar… Qual a altura das músicas em bares e danceterias? Você, sinceramente, acha que não faz mal algum? Sabemos todos que faz.
Então não me digam que a lei pensou nos garçons, porque se pensasse proibiria também o som alto, e acabaria com as noites da cidade…
Por isso que gosto tanto da propaganda que dá título a este post.
O espírito é sempre este: vamos fazer o bem para a humanidade! A única diferença é que você passa a ser o único ingênuo que acredita…
Em tempo, a melhor notícia é esta aqui: http://is.gd/9Gkeh