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Quem mora em São Paulo certamente acompanhou a prova da SP Indy 300 (trezentAs, já que se refere à palavra “milhas”, muito embora o pessoal da BAND não saiba…), viu um evento lindo, mas cheio de erros, alguns aceitáveis, outros nem tanto…

R$ 20 milhões. Ou ainda 20.000.000,00 de reais! Este foi o valor investido para trazer a 2ª maior categoria do automobilismo mundial ao país.

Como a cidade de São Paulo já possui contrato com a 1ª categoria do automobilismo mundial (a F1), e este contrato proíbe outras categorias de correrem no autódromo de Interlagos, o que significa que a corrida teria de ser em um circuito de rua.

Até aí, nenhum problema.

Como podem ver o circuito não poderia ter sido melhor. A maior reta de toda a Fórmula Indy, anunciaram os patrocinadores e imprensa (leia BAND e rádios afiliadas). A corrida seria na Marginal Tietê.



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É claro, que, por ser em circuito de rua, necessariamente o trânsito seria interrompido, é claro que, independente do local onde fosse a corrida, transtornos seriam inevitáveis.

A Marginal Tietê, confesso, causou menos transtorno do que pensei que causaria.

Boa parte do circuito passou pelo complexo do Anhembi, sambódromo e arredores foram utilizados como pista e estrutura.

Repito: R$20 milhões foi o investimento.

E começaram os treinos. Por todo o sábado ouviram-se reclamações dos pilotos (parte irrelevante em uma corrida…) a respeito da reta do sambódromo. Jornalistas brincavam no twitter com a tag “#CurlingnoAnhembi.

Fábio Seixas chegou mesmo a dizer:

Não dá para fazer corrida neste piso do sambódromo. Mas o @maracanazo, aqui do meu lado, diz que dá pra jogar curling. É uma opção...

Entre tantas outras reclamações.

Tempo depois, ainda no sábado, a própria rádio Bandeirantes (FM 90,9) relatou que o problema é que no carnaval foi passada uma película na pista para que o piso brilhasse mais e escorregasse menos. Escorregava menos se você estivesse a pé. De carro escorregava bem mais.

E a organização pensou rápido! Decidiram, pela noite, fazer o chamado “grooving”, aquelas listas na pista, que a prefeitura decidiu fazer no aeroporto depois dos acidentes recentes… [não acredite em mim]

A pista melhorou muito. Todos os pilotos elogiaram. Mas era, ainda, treino. Um carro passava por vez. Eis que chegou a largada…

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=3azGW60CyQs]

Se você assistiu ao vídeo reparou na poeira que subiu quando os carros largaram. Se ficou curioso, repare no começo do vídeo e em 2’20”, fica claro que a poeira atrapalhou a visão dos pilotos…

Agora, como bom chato que sou, pergunto:

Porque é que não fizeram o grooving quando assinaram o contrato com a Indy 300?

Segundo o genial narrador da Band nã houve tempo hábil de se fazer antes, porque atrapalharia o trânsito.

Sim, cara pálida, o trânsito. DENTRO DO SAMBÓDROMO.

Vou me lembrar disso quando estiver parado na Marginal, um atalho pelo sambódromo não seria nada mal…

Mas as lambanças não param por aí… Veja o post de hoje do blog de Fábio Seixas:

Principalmente, as poças d’água. O que não faltou em São Paulo, nos últimos meses, foi chuva. Tony Cotman, diz a organização, está há três meses na cidade. Por que não checou a drenagem, então? Não consigo imaginar.

Esta não se pode atribuir à prefeitura, já que, informações do próprio Fábio Seixas, Kassab e o Dersa ofereceram melhorias no traçado (principalmente pelas ondulações, que causam poças) que foram recusados pelo gênio Tony.

Corrida de rua é assim mesmo.

Palavras dele.

Ah, só para lembrar, foram R$20 milhões investidos…

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