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Está na moda, ultimamente, matérias jornalísticas investigativas. Jornais, revistas, toda a imprensa tentando nos convencer de que estão investigando a fundo. No entanto, a maioria das publicações já trazem junto com as investigações a conclusão de que, sem chance de erro, somos obrigados a chegar.

Não são poucos, no entanto, os casos em que paro para raciocinar e vejo que não há nada de profundo ou investigativo na matéria, há, no máximo, um início de investigação.

É perfeitamente justo e compreensível que uma reportagem não tenha a profundidade de uma investigação policial. Afinal, que treinamento teve o jornalista, para averiguar a fundo as causas, razões e ainda coletar provas razoáveis, afim de provar uma tese.

O que não está fácil de engolir são matérias escandalosas, mostrando um fato, geralmente já conhecido e esquecido, e simplesmente concluindo de maneira rasa e irresponsável quem são os culpados da mazela.

Um exemplo disso é a matéria do CQC, que mostro nos dois vídeos abaixo:



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[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=NkZwt4Rr_lw] [youtube=http://www.youtube.com/watch?v=2vMCYCpIb4E]

A reportagem do CQC (caso não tenha paciência / tempo para assistí-la) convida uma repórter a fingir que tem 15 anos e sai em busca de supostos pedófilos em chats públicos.

Lindo! A reportagem acha um monte destes “monstros” como são pintados hoje em dia estes seres.

(hoje em dia, sim senhores, na grécia antiga era perfeitamente normal! Viu, como é fácil dizer qualquer abobrinha se não nos preocupamos com a realidade?)

Ora, mas o que está errado com a reportagem? Nada. Absolutamente nada.

Exceto talvez o fato dela não ter mostrado nada de mais. Os pedófilos que realmente são incriminados, e cujas prisões realmente mudam a vida de grande parte das pessoas, têm mais este perfil aqui:

Segundo as investigações desenvolvidas, os envolvidos intermediavam e mantinham relações sexuais com várias crianças e adolescentes, com idade entre onze a dezessete anos, em troca de dinheiro e presentes, fomentando a exploração sexual e a prostituição infantil.

Por favor, entenda bem o que estou dizendo. É claro que é condenável E criminoso que homens com mais de 40 anos tentem aliciar meninas de 15 em chats pela internet.

Mas isso não é NADA se comparado ao fato de empresários criarem uma rede de prostituição com meninas da mesma idade.

Embora nada garanta, é bem provável que boa parte dos criminosos que caíram nas garras do CQC não fizessem ação nenhuma além de induzir a ‘menina de 15 anos’ (e muito provavelmente outras tantas) a ficarem nuas.

Este, por si só é um ato condenável. Não estou isentando ninguém.

Mas é fato, que, querendo, o CQC poderia fazer matérias mais profundas e chegar a redes criminosas como a reportagem citada em texto (do portalamazonia.globo.com ) noticiou.

Inúmeros casos são bem parecidos, recentemente Luis Nassif analisou uma denúncia contra José Dirceu (telebrás e etc.) e concluiu:

Eletronet: o lobby foi da Folha

Na matéria o jornalista (hoje atacado pela mesma folha), mostra a falta de investigação/vontade da matéria para saber o que realmente aconteceu.

Do jeito que a coisa anda, logo menos haverá matéria com a manchete:

STEVE WONDER É DEUS

Porque, como diz a velha piadinha,

  • Deus é amor e o amor é cego

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  • Deus é cego

Mas

  • Steve Wonder é cego

logo

  • Steve Wonder é deus.
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