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O jornalismo pode ser visto como negócio? Ou seria coisa sem intenção de lucro, essa história de publicar notícias no jonral, televisão, revistas e rádios?

Para alguns a resposta é mais do que óbvia, é claro que o jornalismo busca lucro. Para outros nem tanto. Mais do que isso, o que é e o que deveria ser limite para o jornalismo pago?

Recentemente tivemos o caso do novo Iphone roubado / comprado, {{bem, se você só lê/ assiste notícias pelos meios ‘tradicionais’ mal ficou sabendo}} onde um blog de tecnologia pagou uma boa quantia para comprar o que um ser diz ter encontrado num bar.

O Gizmodo pagou para ter sua pauta. Este é o ponto. E recebeu muita audiência em troca. Se é correto ou não, deixo a cargo do nobre e da audaciosa leitora, mas pensem bem se não tem nem um pouquinho de anti-ético nisso.



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Este não é um caso clássico. E como sou fã da didática vou deixá-lo para trás. Vamos atrás de um outro caso clássico.

 

Um cronista esportivo {{não cito nomes}} pode fazer propaganda daquilo que bem entender? Existem jornalistas que fazem propaganda de supermercados, como, por exemplo, o Sonda. {{nada contra nenhum dos envolvidos}}.

Nenhum problema. Acontece que o mesmo dono do mercado começou a investir em jogadores e você, que comenta esporte, fica como ao falar dos jogadores do cara que te paga?

Mas esporte é muito batido, vamos a outros exemplos.

Rádio CBN. Quantas vezes por dia você ouve comentários sobre a prefeitura de São Paulo, ou Estado de São Paulo ou Governo Federal? Não são poucas. Não são obrigatórias.

E como ficam os repórteres que precisam denunciar um esquema de corrupção da SABESP no jornal da CBN , sabidamente patrocinado por ela? Ou, com que credibilidade atacariam o Governo Federal uma equipe sabidamente patrocinada por ele?

Façamos o exercício contrário. Como sobreviveria um meio de comunicação sem patrocinadores? Muito provavelmente não sobreviveria. Os custos teriam de ser repassados ao consumidor final que não pagaria por eles, levando a edição a falência.

Não existe, portanto, solução definitiva. Mas há paliativos. Uma inserção de imagem em meio a um jogo de futebol é bem menos agressiva que o narrador sugerindo o mercado a se comprar, a loteria a se jogar ou a churrascaria onde ele prefere comer.

É bem menos agressiva uma propaganda que permeie tantas outras do que uma isolada no meio do jornal.

É extremamente agressivo uma matéria feita por um anunciante. Especialmente se o jornalista fingi que ela é uma matéria ‘normal’.

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