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    O que houve na tentativa de golpe do Equador  {{do presidente Rafael Corrêa}} você pôde ver aqui.  Saiba o que pode acarretar e quais as consequências que o golpe terão sobre nós…

    A América Latina, especialmente a América do Sul, sempre foi cheia de golpes e afins. Não falo apenas daqueles que estudamos na escola, do golpe militar no Brasil, Chile, Argentina…

   Outros países ‘sofrem’ do mesmo mal que o Equador. Como vimos não foi o primeiro golpe que o atingiu e, provavelmente, não será a última tentativa. A questão é que a história e a maneira de se fazer política em alguns países é bem diferente da nossa.

    Não vou ser maluco nem doente de escrever agora ou hoje um post sobre a Venezuela. Mas é outro país cuja história é repleta de golpes de Estado. Não podemos, portanto, partir da premissa de comparar com o golpe de 64 no Brasil, onde haviam interesses bem maiores que o próprio Brasil envolvidos {{serei xingado por essa frase, mas ok…}}


    O que não significa dizer que o que aconteceu é coisa normal, rotineira. Ou que foi um exagero da mídia. Ao contrário. Vimos por aqui maior destaque à desmoralização total de Gilmar Mendes {{leia aqui sobre o STF}} quando o golpe foi tratado de maneira superficial {{como, aliás, é de praxe na imprenÇa}}.

    Para continuar a comparação com o golpe militar de 64, lá havia o apoio americano, mais do que comprovado, em treinamento e ideologias. Cá em 2010 os Estados Unidos soltaram uma nota:



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We are closely following events in Ecuador. The United States deplores violence and lawlessness and we express our full support for President Rafael Correa, and the institutions of democratic government in that country.
We urge all Ecuadorians to come together and to work within the framework of Ecuador’s democratic institutions to reach a rapid and peaceful restoration of order.

     Ainda que você tenha por aí alguma teoria conspiratória da qual não fiquei sabendo {{o Hugo Chávez tem uma – não acredite em mim}}  é bem diferente assumir publicamente de sua influência como fez em 1964:

In the course of Ambassador Campos’ call, the Secretary mentioned the problem created for the two Governments by the action of Governor Brizzola, of Rio Grande do Sul, in expropriating the properties of the IT&T; in that state.
{{não acredite em mim – informação conseguida no Tijolaço}}

       Como dizia, é bem diferente de você soltar uma nota declarando apoio ao presidente eleito democraticamente. Por isso nada de comparações soltas e outros absurdos, golpe é golpe; mas cada qual com suas características.

    Não há, por exemplo, o temor de que este golpe se espalhe pela América do Sul {{leia o editorial caipira}}. Aliás sobre a América do Sul é bom relembrar o que disse aquele ignorante barbudo, sem dedo e mal educado {{do qual sou fã}}:

Eles não sabiam da força que eu tinha na rua. Eu reuni o governo aqui e eu disse: “olhe, vocês fiquem aqui porque essa gente vai me enfrentar é na rua (bate na mesa)”. Eu não sei se a intenção era essa… não quero tratar isso de forma, eu diria, pequena. Eu acho que eles não foram mais adiante de medo de não saber o que iria acontecer. E acho que não foram mais adiante porque (achavam que) já tinham me desgastado demais.

  Eu não acho que houve uma tentativa de golpe. Mas aí é uma questão de definição da palavra. Não há dúvidas de que houve um esforço enorme para que Lula não se reelegesse {{como há agora para Dilma}}, mas eu não chamaria de golpe. De qualquer forma o que destaco é o que está em negrito.
 
  A frase é de Lula, mas poderia muito bem ter sido dita por Rafael Corrêa. Ou Hugo Chávez {{que também sofreu uma tentativa de golpe militar e recuperou o poder}}. Força que o presidente hondurenho não teve.

   Há uma clara tendência à esquerda na América Latina. Hugo Chávez, Evo Morales, Lula, Rafael Corrêa e outros que serão com toda certeza comentados por vocês. Este é um fator que tem se espalhado, não as ditaduras.

   Também não posso deixar de comentar que considero um erro estratégico de um estadista não conseguir promover um sucessor e continuar no poder, ainda que tenha feito coisas boas {{indireta? sim, mas no plural, indiretaS}}.

   Um golpe nunca dá certo quando a população apoia de verdade o representante. E quando o representante recebe apoio popular durante a tentativa de golpe {{ou seja o se o povão dá a cara a tapa}} o golpista fica de mãos atadas. Consegue unir até Cuba e EUA, como podem ver aqui:

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    Resultado disso tudo? O chefe da polícia demitido {{ok, ele se demitiu, mas tinha opção?!}} e o presidente Equatoriano dá declarações dizendo que não irá perdoar ninguém.

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     Não tenho a menor dúvida de que o Brasil é a esquerda mais moderada da América do Sul. No entanto, é também a mais influente. Claro, uma das mais ricas {{a mais rica?!}}, maiores. Mas o fator principal é a estabilidade {{não a econômica, a política}} política {{duas vezes para deixar claro, a Soninha e o Gentili leem o blog}}

     Agora, se é bom ser moderado? Esta é outra questão. Eu acho que sim. Especialmente se a população não é, em sua maioria, socialista.

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