Como chegam as informações em tempos de Twitter e blogs? Qual o nível de confiabilidade destas mídias? E qual a reação da imprenÇa ao se sentir ameaçada? A guerra no Rio de Janeiro foi transmitida em tempo real também pela internet.
É certo que essa brincadeira de blogar e tuitar {{sim, já é até verbo oficial!}} incomoda muita gente. Não é de hoje que demissões tem como causa essas tais de ‘novas mídias’.
Outro dia mesmo vimos o presidente Lula ser entrevistado por blogueiros, coisa que “nunca antes na história desse país” ocorreu. E isso assusta.
Recente pesquisa Ibope afirmou que as classes “A, B e C” utilizam as mídias sociais da mesma forma:
O plano de governo dos dois últimos candidatos mais cotados à presidência {{Dilma e José Erra}} indicavam investimentos na área da internet banda larga, expandindo ainda mais o acesso.
Até outro dia se você quisesse ficar informado(a) deveria procurar a banca de jornais mais próxima ou ligar a televisão ou o rádio. Depois inventaram esse treco chamado internet e você passou a ler as notícias a partir de grandes portais com notícias vindas de grandes jornais.
Grandes jornais, grandes portais… grandes interesses! Surpresa? Nenhuma.
Sempre esteve claro, às camadas mais estudadas da população, que a informação chega com certa distorção. Não raro ouvíamos de nossos pais que era preciso ler em mais de um jornal a mesma notícia e etc.
E mais do que isso, a velocidade das informações cresceu de forma absurda. Outro dia, em 2001 {{o mundo tem quantos anos? Então 2001 é outro dia, uai!}}, um ataque terrorista, talvez o mais famoso deles, foi filmado e assistido em tempo real por todo o mundo.
A mídia velha {{TV e rádio}} pode explorar o fato o quanto quis e ajudou no ataque ao dar uma visibilidade ainda maior a algo monstruoso.
Ninguém comentou, à época, que o fato da televisão mostrar os ataques ao vivo fosse algo planejado por Bin Laden ou pelo menos ninguém disse que a TV tinha menos credibilidade por isso.
Voltando às mídias sociais, cada dia mais os leitores e ouvintes ganham espaço maior nas programações. Não é raro vermos programas de televisão recebendo mensagens de texto comentando as notícias. Muitas vezes as participações são através da internet, às vezes pelo twitter.
Opa! Twitter?!
Sim, cada dia mais o Twitter ganha as páginas de notícias nos grandes portais.
No Rio de Janeiro, como se sabe, uma série de fatos importantes estão ocorrendo e, como se esperaria, transmitidos em tempo real pelas televisões.
Acontece que, com o uso das mídias sociais de forma igualitária por todas as classes como vimos no início deste post, esse tal de Twitter está presente no exato instante e no exato local onde os fatos estão ocorrendo.
Logo você não precisa mais ligar a televisão para saber o que ocorre no complexo do Alemão:
Sim, senhoras e senhores, a vida real em tempo real. E sem coletes azuis ou pretos ou microfones ou intermediários. Direto da fonte, sem ruídos, quer maior credibilidade que esta?!
É claro que os grandes portais estão tremendo, chorando num canto, ali embaixo da mesa da sala, enquanto assistem a sua audiência conquistar o direito primordial a uma segunda opinião.
E como reagem? Assim:
A globo tem um senhor portal na internet extremamente bem conceituado e visitado. Só por isto não creio que vão perder muito se o público deixar a TV pela net.
Por outro lado, o lobby das emissoras de TV é grande demais, tenho medo que os recursos públicos ao invés de investidos na internet, um magnifico investimento, sejam jogados para modenização de setores e Tvs…
Não acho que vão perder audiência… acho que perdem credibilidade…
Abços!
No texto do repórter consta: “…boatos turbinam a realidade…”. Valha me Deus!
E aí saem os traficantes e chegam as barraquinhas da Sky… 😀 (via @stanleyburburin)
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/na+vila+…
Podia chegar banda larga com esta mesma velocidade. 😉
A melhor mídia de notícias que conheço é a Revista Piauí – e é exatamente porque ela opera e produz suas matérias de modo inverso: com mais tempo, basicamente. Quando se tem mais tempo, é possível prever quase qualquer acontecimento.
Já li na revista artigos que tratavam assuntos que foram abordados meses depois pelos “grandes” portais (Globo, Folha, Estadão). A diferença é que esse portais operam de modo “factual” – “factual” na verdade é um eufemismo para “comportamento de rebanho”: quando a manada estoura em galopes, muitas vezes a causa é desconhecida de todos os indivíduos dessa manada, mas a causa em si não importa, o que importa é que “a mada está correndo – então corra também!”.
O que quero dizer com isso é que a “realidade” do povo é baseada no comportamento de rebanho, isto é|: é verdade apenas aquilo que está ocorrendo na maior parte do tempo com a maioria das pessoas: se muitas pessoas ao mesmo tempo falam de um assunto, isso é “real”, “verdadeiro” (é o “não sei o que se passa, mas se todos estão correndo, corra também!”). Enfim, no final, o que importa é correr com o rebanho, e não saber a causa real de um fato, uma vez que isso toma tempo – além de ser perigoso sair do meio da manada…