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Uma iraniana será, provavelmente, executada pelo crime de traição. A mídia se mobiliza tentando salvar o que considera ser uma monstruosidade. Mas só o Estado iraniano mata pessoas?

Antes que me acusem de machismo é bom que leia o último post para que fique claro que a discussão aqui não é se a tal mulher merece ou não a pena capital, mas a maneira como a mídia trata o assunto.

O caso é que Sakineh foi condenada por dois crimes: Adultério e Assassinato. Pelo crime de adultério a iraniana recebeu 99 chibatadas e aguarda a execução por apedrejamento. Já pelo assassinato a pena é enforcamento.

Antes de analisar de perto, vejamos outros exemplos.



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Japão, Estados Unidos e Egito são outros exemplos de países com pena capital. Já na Grécia Clássica havia a tal pena de morte. Sócrates teria sido executado.

Ou seja, a questão é antiga e precisa ser analisada com calma. O que ocorre é que a mídia encara o Irã e a maior parte dos países orientais como uma cultura atrasada onde não há direitos humanos.

No Brasil, acredite, há pena de morte. Claro, em um único caso extremo: deserção em tempos de guerra {{se eu fosse a Veja o post teria o título de ‘Há pena de morte no Brasil’}}

Acontece, no entanto, que os Direitos Humanos é uma invenção Ocidental. O mundo árabe segue outra lógica. Melhor ou Pior? Eu aprendi a não fazer este tipo de julgamento.

O Blog ImprenÇa é contra a pena de morte. É bom deixar claro.

Me assusta, no entanto, que a imprenÇa se preocupe só com a pena de morte quando o assunto é Irã. Não houve movimento em favor dos direitos humanos quando o assassinado foi Saddam Hussein. Não, nobre leitor e nobilíssima leitora, não defendo o Saddam.

É mais do que claro que algumas penas de morte são menos graves para a mídia do que outras. Ora, se toda vida é importante {{corola feelings}} então devemos condenar toda condenação à pena de morte.


Não se fala, no entanto, do fato de Sakineh ser considerada uma assassina em seu país {{foi condenada judicialmente, tanto quanto os Nardoni no Brasil}}, apenas comenta-se o fato de se considerar a pena capital pelo adultério. E os EUA condena à morte que tipo de criminoso? Pois sim, assassinos.

É claro que o assassinato de uma mulher, pelo fato de ter sido adúltera, assusta quem acaba de eleger a primeira presidenta. Mas o susto, em minha opinião, deveria ser anterior à condenada. Deveria ser de que se aceite ainda a pena capital.

E aqui considero ainda mais grave a pena capital em países ocidentais. Por quê? Justamente pelo fato de ser o mundo ocidental o que mais luta pelos tais direitos humanos.

Hipocrisia pouca é bobagem…

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