Quase que eu fiquei com dó do Erra, mas aí lembrei que era o Erra e passou… Vale dizer que o blog já previa o isolamento dele em post de novembro…
Aécio e Alckmin isolam Serra em eleição no PSDB
Mineiro e paulista tentam impedir que ex-governador assuma comando da sigla
Documento articulado às pressas obtém adesão de 53 deputados do partido e defende que Sérgio Guerra continue
CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIAAliados do senador eleito Aécio Neves (MG) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, endossaram uma operação que fecha as portas do comando do PSDB para o ex-governador José Serra.
Derrotado na corrida presidencial, Serra manifesta interesse pela direção da sigla para se manter em evidência.Numa articulação desenhada anteontem, alckmistas e aecistas lideraram abaixo-assinado pela recondução do senador Sérgio Guerra à presidência do partido.Consultado sobre a redação do abaixo-assinado, Aécio disse que o apoiaria desde que tivesse aval de Alckmin. Segundo aFolha apurou, Guerra ligou para Alckmin na manhã de ontem para falar sobre o documento.Admitindo não ter consultado Serra, Guerra nega ter participado da elaboração do documento idealizado por senadores do PSDB. “É um documento dos deputados.”A operação foi posta em prática na manhã de ontem, durante reunião da bancada do PSDB para eleição de Duarte Nogueira (SP) para a liderança do partido na Câmara, quando mais adesões à ideia foram obtidas.“Não sabia de nada”, disse o presidente do PSDB de São Paulo, Mendes Thame, que assinou o documento.O abaixo-assinado reuniu assinatura de 53 dos 55 deputados presentes à reunião.“É um aviltamento à democracia interna do PSDB tentar reeleger o presidente em reunião para escolha do líder”, protestou o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (SP), defensor do nome de Serra para presidir o partido.“Houve um rolo compressor. Eles assinaram sob constrangimento”, emendou.Segundo participantes da costura, a recente movimentação de Serra precipitou a elaboração de um abaixo-assinado em favor de Guerra.O ex-governador manifestou disposição de participar da reunião dos deputados, o que foi encarado como sinal de que pretende interferir nos rumos do partido.Um dos articuladores da operação, o senador Cícero Lucena (PB) disse “não entender a reação”. “Serra nunca me disse que era candidato à presidência do partido.”Aecistas também atribuíram a Serra o vazamento da informação de que o publicitário indicado pelo ex-governador para produção do programa do PSDB é réu no processo do mensalão mineiro.Aliados de Aécio e tucanos de Pernambuco deram início à campanha para nomeação do senador Tasso Jereissati (CE) na presidência do Instituto Teotonio Vilela -outro destino cogitado por Serra.