Esta é a oposição unida do Paulo Bornhausen… faz-me rir… litros!
Isolado nas negociações para a escolha do novo comandonacional do PSDB, o candidato derrotado à Presidência José Serra trabalha paraassegurar o controle de outra instância aparentemente menos relevante. Ao mesmotempo em que tenta se aproximar do governador Geraldo Alckmin em resposta aomovimento de apoio ao deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE) para a presidêncianacional do partido, Serra age em sentido contrário nos bastidores, para manterum nome de sua confiança à frente do Diretório Municipal tucano em São Paulo.Serra tenta manter evidência política e opção pode ser aprefeitura de São PauloO plano é emplacar o deputado estadual eleito Carlos BezerraJunior na presidência da instância. Médico ginecologista, Bezerra tem comoprincipal bandeira o programa Mãe Paulistana, um dos motes da última campanhapresidencial tucana. Alckmin, por sua vez, trabalha para eleger o secretário deGestão do Estado, Julio Semeghini, para a vaga.O novo presidente do diretório será eleito por filiados dalegenda na convenção municipal agendada para ocorrer em abril. Hoje, quemcomanda o diretório municipal é José Henrique Reis Lobo, ex-secretário dagestão Serra à frente do governo do Estado. Lobo, no entanto, já avisou queestá fora da disputa.O Diretório Municipal tucano tem papel decisivo na conduçãodo processo eleitoral de 2012. Embora não se coloque abertamente na disputa,Serra tem deixado correr a articulação em torno do seu nome para a disputa daPrefeitura de São Paulo. Serristas avaliam que este não seria o melhor caminhopara trilhar uma nova candidatura ao Palácio do Planalto em 2014, mas admitemtambém que esta é atualmente uma das últimas alternativas para manter Serra emevidência.Nas últimas semanas, Serra viu encolher sua lista de opções.Além de assistir à indicação do ex-senador Tasso Jereissati para o comando doInstituto Teotônio Vilela, o ex-governador não conteve a irritação ao tomarconhecimento de uma abaixo-assinado em favor da permanência de Sérgio Guerra napresidência do PSDB. O documento foi endossado por tucanos ligados a Alckmin eao senador mineiro Aécio Neves.Numa estratégia para tentar reverter o isolamento, comorelatou o iG, Serra passou a buscar uma aproximação com Alckmin, agindo deforma a isolar Aécio. Mesmo que Serra opte por não disputar a Prefeitura de SãoPaulo, o controle do partido no município facilitaria a indicação de um aliadoseu para a vaga. Nesse caso, ele poderia apoiar, por exemplo, o senador AloysioNunes (PSDB-SP), seu antigo braço direito no governo paulista. Ou aindaGuilherme Afif Domingos, que embora integre o secretariado de Alckmin érepresentante da aliança com o DEM do prefeito Gilberto Kassab. Entrealckmistas, o nome mais citado até agora é o do secretário do Meio Ambiente,Bruno Covas. Outro postulante à vaga seria o titular da pasta de Energia, JoséAníbal.Se decidir costurar uma candidatura à prefeitura, Serra devecontar também com a ajuda do presidente da Câmara Municipal, o tucano PoliceNeto, no cargo há dois anos. Ele foi reconduzido pelo prefeito Gilberto Kassab,presidente do DEM paulista, que o apoiou em detrimento do candidato de seupróprio partido, Milton Leite. Antes de assumir a Câmara, Police Neto foisecretário de Serra na prefeitura municipal.*Colaborou Ricardo Galhardo, iG São Paulo