Qual o objetivo da arma, mesmo? |
o ordenamento jurídico brasileiro, oplebiscito constitui consulta popular prévia sobre matéria política ou institucional, antes de sua formulação legislativa, enquanto oreferendo constitui consulta posterior à aprovação de projeto de lei ou de emenda constitucional, para ratificação ou rejeição, configurando um e outro instrumento de exercício da soberania popular.{{não acredite em mim}}
Ainda que o Sarney não seja dos seres humanos mais admiráveis que existem, desta vez eu concordo com ele. Por quê?
O que houve em Realengo {{chegou de Marte hoje? Leia aqui}} não é um fato cotidiano, comum. É um fato traumático que pode deixar marcas na sociedade. Estas marcas podem alterar a percepção da população diante das leis em favor ou contra as armas de fogo no país.
Basta ver as inúmeras discussões sérias a respeito de prevenção, de chacotas nas escolas {{não sei escrever aquilo em inglês, sempre me confundo…}}, de preparo psicológico dos professores, etc.
O simples fato de que a percepção pode ter mudado já justifica um plebiscito. Nos EUA {{escolhi porque é sempre usado de modelo em favor das leis de porte de armas}} há estados em que se perguntam em quase toda eleição sobre a mesma questão, apenas para ilustrar veja um exemplo de referendo sobre o mesmo assunto {{casamento gay}} no ano seguinte:
referendum banning it placed on the November 2008 ballot, but it was defeated by the state legislature in June 2007. {{não acredite em mim}}
O texto mostra, basicamente que uma mesma questão {{casamento gay}} foi discutida em referendos no ano de 2007 e 2008. A lei brasileira {{ao contrário do que pensava este Caipira besta}} não proíbe que sejam feitos referendos e plebiscitos sobre o mesmo assunto, nem tampouco estipula prazo para que eles se realizem.
Como a lei não proíbe, podemos pensar a respeito do referendo de 6 anos atrás. A pergunta, vocês devem se lembrar, era bem simples. Tão simples que os senhores e as senhoras se lembram, certamente, se votaram sim ou se votaram não.
O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?
Na verdade, é pouco provável que você se lembre, porque a pergunta era bastante confusa, basicamente dizer sim significava não e dizer não significava sim nas urnas.
Calma, eu chego lá… |
Explicadas as razões pelas quais acho justo um plebiscito sobre o assunto já tratado em 2005, partimos para a questão realmente complicada: adianta alguma coisa proibir as armas?
No entanto, é preciso refutar tal tabela. Não porque eu não concordo com ela mas porque ela não leva em conta nenhum fator social, exceto as armas. Até porque não são todas as mortes que são fruto de armas de fogo, como sugere, erradamente, a tabela.
Os números comprovam que a maior parte dos homicídios no Brasil {{quando o assunto é arma}} são de armas nacionais. O que significa que não adianta ir pentelhar os americanos por conta disso, certo? Errado. Os Estados Unidos são, hoje em dia , o maior importador de armas nacionais, conforme mostra o Terra Magazine {{não acredite em mim}}:
A principal razão para esse crescimento{{das exportações aos EUA}} está nos Estados Unidos, de longe o maior mercado consumidor das armas brasileiras, seja para uso das polícias locais ou para uso entre civis
Segundo o blog “Pela Legítima Defesa”:
Contra fatos não valem os argumentos. O editorial do Washington Times, de 21 de janeiro de 2010, demonstra como, em Washington (DC), bastou que fosse autorizado o uso de armas que, entre 2008 e 2009, o índice de “assassinatos no Distrito caíu espantosamente 25%, passando de 186 para 140” contrariamente ao que alegavam os desarmamentistas. {{não acredite em mim}}
Eu, sinceramente, não conheço o blog. Mas vou aceitar como verdadeiras as informações para que tenhamos mais argumentos para debater o assunto. A grande questão é que não há dados confiáveis sobre a origem da ilegalidade das armas. Ou seja, não se pode afirmar com certeza que a proibição do porte de armas diminuiria diretamente o número de armas ilegais.
Há, por outro lado, como se contornar a questão e confrontar os dados de produção de armas e verificar se o número de armas produzidas no país {{já vimos que o problema são as armas nacionais, certo?}} diminui o número de armas circulando no país {{e aí englobamos as ilegais também}}. Ou seja, podemos ver se indiretamente o número de armas ilegais cairia…
Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) com a PUC do Rio de Janeiro, um revólver calibre 38, que custava R$ 80,00 nas ruas, depois do Estatuto passou a custar no mínimo R$ 350,00. Uma pistola 9 milímetros, que antes não saía por menos que R$ 800,00, hoje fica em R$ 1,3 mil. Um fuzil, que antes custava US$ 6 mil, hoje pode chegar a US$ 40 mil, um aumento de 500%. {{não acredite em mim}}
Pouca coisa se aproveita da reportagem de onde os dados foram tirados. Mas a pesquisa do IPEA é séria e com excelente reputação, de modo que as informações são confiáveis.
Até aqui a lógica que prevalece é menos portes de arma = menos compra de arma = menos produção de arma = menos armas ilegais.
Ninguém pode negar, contudo, a importância das fronteiras na questão das armas, nem estou negando isso.
Acontece que o principal fator de entrada das armas ilegais importadas {{por assim dizer, já que são brasucas mesmo}} é o Paraguai. As exportações para o país da garantia soy yo tiveram uma sobretaxa de 150%. Motivo que, conforme vimos na matéria do Terra colocada acima, levou os EUA a serem os maiores importadores.
O resto das armas ilegais, as que tornam-se ilegais aqui no Brasil, estas podem ser resolvidas com a proibição do porte e posse de armas.
Como estes são dados complicados, podemos analisar a questão a partir de experiências alheias:
AUSTRÁLIA
De quando é a lei – 1991, mas ganhou nova versão em 1996
Posse – Proibida
Porte – Proibido
É uma das leis mais rígidas do mundo. Somente guardas e outros responsáveis pela segurança pública estão autorizados a carregar e usar armas. E mesmo eles têm restrições, pois a posse de armas automáticas, como fuzis e pistolas, não é legal. Dois anos depois de implantada a lei, o número de mortes por armas de fogo no país caiu mais de 50%
- A Austrália reduziu o número de mortes por armas de fogo consideravelmente depois da proibição do porte e da posse
Contudo o leitor atento sabe que foi mostrado duas realidades conflitantes a respeito da proibição. Dados americanos mostram que não adianta e dados australianos mostram que adianta. O desempate ficou por conta do aumento do preço das armas ilegais que fazem com que se reduza o número delas também.
Continuo a favor da proibição do porte e da posse de armas no país. Mas antes quero lembrar os leitores mais afeitos à liberdade que a única razão pela qual inventaram uma arma é o homicídio.
“aquestão principal a se discutir nesse momento (…) é a questão da oferta daarma sim. Essa ação seria dificultada não seria impossível mas seria bastantedificultada se o acesso a arma não fosse tão fácil {{Faustão interrompe}} Foram500 mil armas recolhidas e uma redução de 11% em homicídios. Foi a única políticanacional e funcionou. (…) São 8 milhões de armas ilegais no Brasil. Essasarmas que o cidadão de bem compra, equivocadamente, para proteger sua família,porque arma não defende lar. Essa arma é roubada, é furtada e é utilizada numaação ilegal.” {{não acredite em mim – 1º vídeo, 10 minutos e 50 segundos em diante}}
Pronto, Caipira, finalmente resolvi o problema de BIOS (bicho ignorante operando sistema) que me impedia de logar pra comentar – uma conta do WordPress sem uso que tive que reativar… XD~
Sobre o post: a única coisa que realmente me incomodou nesta discussão foi o gosto e cheiro de oportunismo que senti na iniciativa de fazer outro plebiscito sobre desarmamento. Fora isso, sou pelo desarmamento, mesmo que não se possa afirmar que ele influencie sensivelmente na diminuição da criminalidade. Agora, se a legislação brasileira não define intervalo entre pebliscitos sobre o mesmo assunto, a minha única ressalva é que ele seja feito junto com as eleições, para poupar tempo e dinheiro público.
{{Sil, há oportunismos que vem para o bem… mas faço a seguinte reflexão: Se a população pode parar pra pensar se é o caso de se preparar as escolas para atenderem as chacotas de um modo decente, pq tb não é o momento de se discutir novamente a questão?! É que vindo de onde veio…}}
Depois de mais de 15 minutos com esta história de intense debate, finalmente chego aqui, é uma luta, conseguir lograr.
vamos lá!
Inicialmente quero dizer que concordo completamente com o texto/pesquisa, arma é pra matar, e matar é um ato de violência e nós, meros visitantes desta terra, temos que garantir um compromisso que seja de todos – Combater todas as formas de violência no Mundo, é isso mesmo! no Mundo, iniciando dentro de nossa casa a partir da nossa relação e ou educação familiar – arma para mim ela não protege, ela mata.
A tragédia de Realengo, reacende a discussão das armas, o retorno desta discussão é importante, entretanto, vejo com desconfiança, a forma ou metodologia.
Em 2005 foi realizado um referendo com a seguinte pergunta: “O comercio de arma de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?” com 64% dos votos, ganhou o não. E armas continuam sendo comercializadas com limitações imposta pelo Estatuto do desarmamento. Sinceramente, qual foi mesmo o resultado?
Em Alagoas, onde moro (lugar lindo) continua do mesmo jeito, é arma sendo traficada, arma sendo vendida, facilidade em conseguir qualquer tipo, cor, marca e munição. Pior, muitas ou quase sempre, parte da própria policia, que continua sendo um importante fornecedor de armas para o crime. E todo dia morre várias pessoas por arma de fogo. Basta olhar os indices,ou dar uma passeada pelos sites&blogs alagoanos, aqui parceiro, a violência reina (infelizmente).
Uma discussão continua a favor do desarmamento é preciso, entretanto, faz necessário discutir também as conseqüências e os resultados práticos da lei do desarmamento.
E o governo Federal? ta fazendo o que mesmo?
A população precisa saber sobre as medidas e investimentos do governo federal em nossas fronteiras – portal de entrada das armas ilegais no país – uma política pública de segurança eficaz e uma melhor política salarial para as policias, uma campanha decente e permanente de conscientização sobre arma de fogo e o desarmamento (constante discussão, debate nas escolas). Precisamos de lei que realmente iniba o uso ilegal de armas, mais precisamos também de uma política educativa para tal.
Já era Parceir@!
forte abraço
Josival Oliveira
blogdojosival
com
{{Precisa do Intense Debate por conta disso -> https://imprenca.com/2011/04/esclarecimentos.h… , abraços}}
Sinceramente, não é a proibição da venda de armas que resolverá o problema dos assassinatos, armamento dos bandidos, ou qualquer outro tipo de problema relacionado. Basta lembrar que, para que uma pessoa consiga comprar UMA arma e conseguir a licença para poder possuí-la e usá-la (mesmo que apenas para guardar em casa, pois um civil não pode carregar uma arma na rua) existe uma burocracia IMENSA, logo, mais um processo lento no Brasil. Acho impressionante como o governo e a mídia usam do caso de Realengo como um pretexto para proibir o armamento. Isso foi uma tragédia/crime que ocorreu devido à compra ILEGAL de armas, por contrabandistas que as recebem de outros países, principalmente da Colômbia, e as revende aqui no Brasil e outros países até.
O governo quer que as únicas pessoas que usam armas para defesa pessoal (lembrando mais uma vez que só podem possuí-las dentro de casa, não podendo carregá-las na rua) sejam inibidas de fazê-las. É lamentável que na “democracia” em que nós vivemos, o Estado que deveria defender as vontades da população, que deveria aumentar o salário dos policiais, dos militares, e aumentar a segurança e revista nos limites do território brasileiro, tenta “resolver” o problema de modo errado, de modo que piore a situação.
Sinceramente, não é a proibição da venda de armas que resolverá o problema dos assassinatos, armamento dos bandidos, ou qualquer outro tipo de problema relacionado. Basta lembrar que, para que uma pessoa consiga comprar UMA arma e conseguir a licença para poder possuí-la e usá-la (mesmo que apenas para guardar em casa, pois um civil não pode carregar uma arma na rua) existe uma burocracia IMENSA, logo, mais um processo lento no Brasil. Acho impressionante como o governo e a mídia usam do caso de Realengo como um pretexto para proibir o armamento. Isso foi uma tragédia/crime que ocorreu devido à compra ILEGAL de armas, por contrabandistas que as recebem de outros países, principalmente da Colômbia, e as revende aqui no Brasil e outros países até.
Esse plebiscito já ocorreu em 2006 e o povo já deu a sua resposta. E ela deveria ser respeitada. As armas de fogo não vão desaparecer. Não adianta. Os bandidos já usam armas que são, em sua maioria, proibidas para civis no Brasil, tais como metralhadoras, fuzis, pistolas, etc.. não é proibindo um cidadão de ter um 38 que vão inibir os criminosos. Querem me fazer entregar a minha arma, sendo que os bandidos não entregarão as deles. Armas foram feitas para agressão?? Então por que a polícia as usa? Matar é crime? Em legítima defesa também? A polícia quando mata um bandido cometeu um crime? Quanta hipocrisia! Quem se arroga ser capaz de, num passe de mágica, fazer com que TODAS as armas desapareçam do mundo como se não tivessem existido?
Observem as estatisticas. Nos EUA tem 15 vezes mais armas de fogo entre a população que aqui, e ocorrem 3 vezes menos homicidios do que no nosso país. Sendo que a população dos EUA é quase o dobro da brasileira. O que gera aumento de crimes é a certeza da impunição, a ausencia de medo no bandido ao invadir uma residência (quando a vítima não tem arma nem defesa alguma), o amparo legal do bandido, com a lei sempre contra qualquer medida adotada por um cidadão, e a corrupção, que gera o tráfico de drogas e entrada de armas JÁ proibidas pela lei, em poder dos criminosos. Façam um plebiscito para acabar com a impunidade dos políticos, nunca nenhum foi preso no Brasil, todos devem ser santos! Enquanto a população é distraída com esses plebicitos ridículos, um grande esquema de corrupção deve estar em andamento.