Quando você era pequeno, estudava {{faz uma força aí, meu filho, nem faz 100 anos ainda…}}, frequentava a escola, você já via aquelas cenas tão comuns: Um menino quieto tendo de ouvir os outros o xingando por… tanto faz, nunca havia motivos para isso.
Pessoas como o garoto da foto, em nossa época, eram chamadas apenas de {{tirem as crianças da sala}} Grandíssimo Filho da Puta. Pois é, hoje não. Hoje o ato antes conhecido apenas por ‘filhadaputagem’ passou a ter um nome bonitinho, uma atenção super especial do pessoal do “Vamos salvar o mundo das cáries!” {{pode clicar, é um post explicando a expressão…}}.
Acontece que o problema sempre existiu. A questão fica realmente grave quando o agressor é o professor e, sim, isso ocorre muitas vezes. Basta lembrar um certo vídeo de uma certa música de uma certa banda…
Acontece que depois do tal ataque de um “Inominável Wellington” os nobres veículos de mídia, inspirados talvez por um surto pedagógico inédito em toda a história de suas empresas ou, quem sabe, inspirados por certa indústria armamentista que não quer o foco nas armas, mas em qualquer outro assunto…
Não estou afirmando, apenas pensando no assunto…
Fato é que as armas não trazem paz, e o Bullying é apenas um nome bonito para algo que sempre ocorreu. E é fato que este nome bonito vem sendo discutido pela mídia, o que ocasionou uma proposta de lei por alguns promotores {{todos, com toda certeza, muito bem informados sobre pedagogia}}:
Deixa eu dizer uma coisinha que os senhores já sabem, mas não custa lembrar:
Bullying é uma questão de educação
Mandar um sujeito para a FEBEM porque fez uma destas babaquices em sala de aula {{o professor merece cadeia, falo dos ‘colegas’ de sala}} é assumir a inutilidade do professor, do pedagogo(a) E dos pais.
Pior que isso, é desistir de um ser humano. Simplesmente não faz sentido.
Eu fui vítima deste tipo de ações em salas de aula. Professores omissos, coordenadores ignoravam o problema. A situação só ocorre quando há omissão por parte de um dos fatores:
- Professor
- Coordenadora
- Pais
Quando falo ‘pais’ você pode substituir por aqueles seres que criam os alunos. E a omissão é das duas partes: pais do agressor e pais do agredido. Com uma vantagem para os pais do agredido: nem sempre a vítima expõe claramente que foi vítima.
Me parece muito óbvio que hoje em dia os pais estão cada vez menos assumindo a educação das crianças e passando para as instituições de ensino. Basta observar o horário de almoço de qualquer escola para ver que os pais abrem mão até de ensinar os filhos a comer, exigindo isso da escola…
É o outro lado… Se passamos cada dia mais responsabilidade para as escolas, é justo que o Estado crie uma lei.
Mas não deve, não pode e {{espero}}não será nunca a solução do problema tirar o direito de ir e vir de uma criança por conta deste tipo de ações… A questão se resolve com educação. E educação não se resume a punição, ainda bem.
Wellington não foi resultado da falta de punição, mas da óbvia falta de atenção especializada, e da educação. O Bullying sempre ocorreu e vai sempre ocorrer. A solução, no entanto, não é criar leis, mas educar.
E a educação não é um problema das escolas públicas, mas das ‘faculdades particulares’ incapazes de formar um bom pedagogo, apto a enfrentar o problema de maneira decente. Revogam-se as disposições em contrário.
Lá pelos anos 70 e 80 isto era prática corrente, quem nunca “praticou” ou “sofreu” o “corredor polonês” an escola.. era prova de resistência e coragem..
Mas agora nos anos atuais.. sei lá, (não acreditem em mim)
Abraço
Eu concordo contigo. O bullying é uma questão de educação.
Para além disso, é uma palavra estrangeira, facto que causa muito mais impacto (mesmo que a grande maioria das pessoas, nem saiba o seu significado), porque vinda dos states, ninguém põe em causa a sua importância. Logo, há que tratar o assunto com a devida reverência…
Abraços!
Correção : Bullying só ocorre entre iguais ,prof e aluno é ASSÉDIO. A questão náo é o “sempre existiu” mas o fato de q hj temos pesquisas mostrando as graves consequências p quem sofreu bullying e graças a esses estudos podemos PREVENIR tais consequencias e atuar diretamente . O importante é ouvir e aprender com quem entende e deixar de lado oportunistas como a “terapeuta” Ana Beatriz que escreve um livro por ano na serie Mentes isto e aquilo
que tal um artigo sobre isto??
Concordo com você, bullying é um problema de falta de educação e falta de respeito pelo próximo.
Acredito que quem pratica bullying até merece ser punido, mas de forma cabível: na escola, que é onde isso normalmente acontece. Claro que só punir não resolve o problema, é preciso ter diálogo. Mandar pra FEBEM é um exagero muito grande, e não acho que lá o agressor vá aprender a ter educação e respeito.
Certo. Tudo isso é muito bonito e bullying é um conjunto de fatores que acontecem somente graças à ignorância de idiotas apelidados de ‘Professores’, ‘Coordenadores’ e ‘Pais’. Ok.
A dúvida é: O que acontece quando estamos do lado DE FORA da escola e temos pais que não estão nem aí para o que o seu filho faz na rua? Conheço gente assim e, de uma forma ou de outra, isso leva ao que chamamos de bullying e, mais tarde, caso encontrado o conjunto já préviamente citado neste nobre comentário, leva ao que chamamos amorosamente de VIOLÊNCIA (sim, em certos casos o instinto animal vence, questão de vida ou morte).
Responda esta simples (?) pergunta deste nobre usuário de apenas 15 anos de idade e terás ganho um leitor fiel e aclamado por muitos como chato (?) e nerd (!).
Forte Abraço e capriche na resposta! 😉
{{Nobre leitor, você tem total razão no que diz… até porque este é um dos aspectos que citei no artigo… os pais são parte do problema… o problema está justamente na sociedade que tenta empurrar para as instituições funções que deveriam ser exclusivas dos pais…
A educação na escola deveria ser apenas a educação formal… mas como os pais ‘não estão nem aí’ acaba se empurrando o problema com a barriga…fosse eu o autor da tal lei e puniria só os pais, dando penas alternativas aos filhos, como, por exemplo, educação de verdade…
Abços}}
Ótimo texto! Estou super de acordo com seu “repúdio” à punição digamos, prisional, pelo Bullying. E também concordo que o bullying existe pela “inação” de alguns – os pais.
Mas acho que seria importante elucidar alguns assuntos abordados no texto, afim de que as pessoas possam construir uma idéia um tanto quanto mais “completa” acerca do Bullying. Por diversas passagens do seu artigo, tive impressão que você vê o Bullying como algo “normal”, ou ao menos “corriqueiro”.
Devo admitir que, de fato, aquilo que se conhece como Bullying sempre existiu. Mas não podemos esquecer que, o contexto do passado era completamente diferente do atual, por diversos fatores. Não sei a sua idade, mas se você foi um estudante dos anos oitenta, ou ao menos dos iniciais dos noventa, lembra se bem dos pontos que irei levantar (se não for, posso crer que alguém como um pai, ou um tio, pode confirmar).
Continuo em outro comentário.
Antigamente, as escolas tinham uma “liberdade” educacional muito maior que a atual. Digo isso por vários motivos, como, por exemplo, a inexistência de tabus, ou a utilização de punição física. É por este motivo que as crianças de tal período, apesar de realmente praticar algo semelhante ao bullying, eram punidas das formas cabíveis. Ora, era comum ouvir-se dizer de escolas em que as crianças menos comportadas eram praticamente agredidas por mínimas transgressões!
É, então, por esse fator, que aqueles que viveram em tal período pensam que o bullying “faz parte do crescimento” da criança. Não lembram, porém, que as escolas de hoje estão colocadas em uma posição extremamente delicada em relação as formas de ensino. Utilizar-se de voz acima do tom normal é considerado intimidação, segurar a criança é agressão, e você consegue visualizar o restante.
Desta forma, não há o que se dizer em “normalidade”. Talvez no passado estes “estímulos” tivessem lá seu lado positivo, simplesmente por que a criança era atingida, mas então socorrida pela escola. Mas eis que hoje, a criança tem que agüentar muito só, dado pelo fato que a escola pouco pode fazer com aqueles que praticam o bullying. Não estou defendendo a escola! Tenho plena consciência de que muitos nada fazem, mas ao exigirmos que o método educacional mudasse, temos que arcar com as conseqüências. Entenda, sou contra o formato abusivo de antigamente, mas entendo o lado da escola.
Sei que o Bullying não pode ser considerado como prática criminosa, mas não pode ser minorizado. O que é, de verdade, o bullying? Em seu formato mais comum, é uma criança, ou um grupo destas, que segregam, destratam ou agridem outra, ou um grupo de outras, por serem diferentes, não importando se tal diferença é física, psicológica ou real.
E o que acontece se trocarmos a palavra “criança” por “adulto”? Você definiu algo similar à injúria, ao ato preconceituoso, ou ao racismo, todos puníveis na Legislação Brasileira.
Então, finalizo por juntar tudo isso e dizer: Se a criança cresce em meio ao bullying, sem que a escola possa agir de forma definitiva para solucionar o problema, e os pais mostram-se inertes em relação a tudo isso, que adultos tais serão?
O Bullying tornou-se sério. Concordo, inclusive, com o comentário de que seria necessária a aplicação de uma sanção não só ao que pratica o bullying, mas como também aos pais, se devidamente advertidos previamente do acontecido.
Ainda, admiro seu artigo, levantou pontos que, como pode ver, cria assunto para uma longa discussão. Espero ter clareado alguns pontos para todos. Vou sempre acompanhar este debate, acho que temos muito a aprender juntos.
Att.
Danilo Alves
Vem cá,ao ler seu comentario,eu lembrei de um detalhe importante,nem sempre a culpa é dos pais,e nem sempre eles sabem q os filho sofrem,E quando finalmente vai cair a ficha pros adultos?conversa naum adianta,só vai dá em mais merda,eu tenho 12 anos e já fui muito humilhada na minha vida,passei 4 anos aturando um menino me xingar todos os dias,até eu ter um ataque e desmanchar em lágrimas,a professora e todo mundo da sala olhar feio pra ele,e ele sentir um pingo da humilhação pela qual eu passava todo dia,ele naum parou,Conversar naum adianta,falar pra pessoa se imaginar no lugar da vitima tbm naum,a coisa só para quando o praticante se sentir humilhado como a vitima,ou receber pressão e palavras DURAS,AMEAÇADORAS e FRIAS de adultos e de colegas.Naum venham dizer q isso é crueldade,pq vcs sabem a seriedade do problema,e se dps de fazer isso,o praticante naum parar,bota ele no colégio militar,e se tbm naum adiantar,manda ele pro exercito e ve se ele naum vira gente de vez.E nunca esperem q a vitima entregue o agressor,pq quando naum entregamos,naum estamos sendo burros,estamos sobrevivendo,mas vcs adultos devem tentar por si mesmos descobrir oq acontece,e sem deixar os filhos ou alunos perceberem q vc sabe q alguma coisa deve estar acontecendo,ou se quer ver se tem algo errado,pois quando entregarmos,é pq já estamos a beira do suicidio.
{{A12AK,
Em nenhum momento eu culpei a vítima, nem acho que isso deva ser feito. Ao contrário. Eu culpo é a professora que olha feio. Ela não deve olhar feio. Deve tirar o cara da aula, dar bronca, explicar, punir, enfim. Olhar feio é justamente o que faz com que ele não pare…
Abços}}