Legalização das Drogas?
Por que alguém desejaria a Legalização das Drogas?
Mas antes que possamos tratar do assunto é preciso definir:
O que são as drogas?
Um termo com usos variados. Na medicina, se refere a qualquer substância com potencial de prevenção ou cura de doenças ou melhora física ou bem estar mental; em farmacologia refere-se a qualquer agente químico que altere os processos bioquímicos ou fisiológico.
Outro ponto chama a atenção, a definição de periculosidade das drogas. Por exemplo, não há um só caso de morte por overdose de maconha, enquanto não podemos dizer o mesmo para o álcool, que mata por si, ou do tabaco.
O ecstasy, por exemplo, só é letal se não for consumido com uma hidratação adequada (ou seja, é letal se o usuário beber álcool e não tomar água enquanto usa a substância).
O álcool mata ainda que você tome junto de água. Na verdade a droga que mais mata no mundo é o álcool, proibida apenas em países árabes (e uma ou outra exceção).
Por que então, o álcool é liberado e a maconha proibida? A questão, um tanto óbvia, é: quem vai definir e sob quais critérios definiremos que drogas são legais e que drogas devem permanecer ilegais? Sobre isto, você pode assistir o vídeo ao lado (“Cortina de Fumaça”), está no trecho que começa aos 9 minutos de documentário.
Abstinência total
Redução de Danos
Merchan
O problema é que toda guerra, mata. A guerra contra as drogas não mata somente traficantes e usuários. A guerra contra as drogas mata usuários de ecstasy que, por conta da hipocrisia dos políticos, não tem bebedouros para reduzir os danos do entorpecente. A guerra contra as drogas mata de AIDS usuários de drogas injetáveis, que não recebem seringas descartáveis (na teoria é distribuída pelo SUS atualmente).
Milhões são gastos todos os anos, em todos os países do mundo (exceções existem mas são exatamente isso, exceções) para se combater o tráfico de drogas. Um dinheiro que financia a matança promovida e sofrida pelos policiais, soldados nas fronteiras e que em geral atinge a população mais pobre.
As drogas legalizadas
Isso faz com que o governo tenha dois tipos de controle:
- Quantidade de fumantes
- Dinheiro para bancar o tratamento público dos próprios fumantes
Quando a droga é ilegal, mas todo mundo sabe onde comprar, o governo não produz estatísticas capazes de orientar políticas públicas para o combate ao uso daquelas substâncias. Tampouco se consegue, a partir da própria substância, gerar dinheiro capaz de bancar o tratamento dos usuários.
Ou seja, o país fica sem saber ao certo quantas pessoas fazem uso de cocaína e não arrecada nada com a venda dela. Mas o Sistema Único de Saúde seguirá tratando os malefícios causados pela cocaína nos brasileiros. Além disso, todo um sistema criminal é alimentado a partir desta proibição: tráfico de armas, tráfico de drogas, roubos, assassinatos, furtos, etc.
O tráfico seria reduzido a zero? Não. Mas, para seguir no exemplo do cigarro, ninguém é morto pelo contrabando de cigarros. E olhando o contexto brasileiro a venda de cigarros contrabandeados é irrelevante, comparado ao número de fumantes.
Estes são os principais argumentos daqueles que defendem a legalização das drogas.
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