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Já foi dito, na parte 1 – contexto, as razões pelas quais eu considero a Legalização das Drogas uma alternativa saudável à guerra contra as drogas que assola o país. Agora vamos às vantagens e desvantagens da Legalização das drogas.

{{Crédito: nicolas – نيكولس – não acredite em mim}}

 

Como já foi dito {{na parte 1}} não existe ou quase não existiu no mundo populações que não tivessem feito uso de drogas. A questão é que não dá para considerar que, depois de mais de dois mil anos de história a raça humana vai parar de usar drogas.
Usar drogas, portanto, é uma condição humana. Seja café, cigarro, bebida alcoolica, arrisco dizer que você aí do outro lado da tela faz uso de drogas. Então porque proibi-las?
Quem assistiu ao documentário postado na primeira parte do post pôde observar, por volta dos 10 minutos {{pode voltar e conferir, se quiser… – não acredite em mim}} que a atual classificação da periculosidade das drogas não tem absolutamente nenhum embasamento científico.
Milhões são gastos todos os anos, em todos os países do mundo {{exceções existem mas são exatamente isso, exceções}} para se combater o tráfico de drogas. Um dinheiro que financia a matança do BOPE ou a matança de soldados nas fronteiras, ou a matança da população mais pobre.
Peguemos os cigarros como exemplo. O número de fumantes começou a cair como? Aumento do preço do cigarro e campanhas contra o uso. Não é preciso proibir, fuma quem quer.

Mas

Para fumar o fumante paga cerce da 50% mais caro porque o governo lota de impostos. Basta ver a reclamação de boa parte dos fumantes quanto à venda de cigarros e o uso do cartão de débito, por exemplo. Não se compra cigarro com cartão de débito porque o lucro do comerciante é pequeno. Por outro lado não há substâncias como pó de giz ou pó de gesso no cigarro, porque a produção é controlada.
É bem verdade que há um gasto público com hospitais mas esse é um gasto que já existe, posto que as pessoas usam drogas. O Brasil é o principal consumidor de ópio da América do Sul. Que ópio? Boa pergunta.
Opium smoker
 



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Não há como saber que substâncias estão no ópio vendido no mercado negro. Haveria como taxar, sobretaxar e controlar o consumo e venda, caso fosse legalizado. O tráfico seria reduzido a zero? Não. Mas, para seguir no exemplo do cigarro, ninguém é morto pelo contrabando de cigarros. E olhando o contexto brasileiro a venda de cigarros contrabandeados é irrelevante, comparado ao número de fumantes.
Legalizar as drogas, para mim, significa um trabalho a médio prazo. Primeiro preparam-se os profissionais para o tratamento {{já que hoje não existem são pouquíssimos os profissionais e centros de reabilitação que fazem um trabalho humano, de redução de danos}} e cria-se uma legislação decente sobre o tema: quem vai vender, onde e o quê.
Não precisamos legalizar todas, por exemplo. Mas basear em critérios científicos sobre quais drogas serão liberadas: crack e oxi, por exemplo, continuariam proíbidas {{e seu combate seria muito mais simples já que haveria somente esta preocupação}}.
Depois criam-se áreas específicas de vendas e regras de uso. Dirigir depois de usar {{assim como o álcool}} não pode. Nas áreas das vendas poderia, por exemplo, diminuir a velocidade dos carros, para evitar atropelamentos. Menor de idade, não pode.
Enfim, o que precisa ficar claro é que legalizar as drogas não é o “liberou geral” que tanto se fala. E aí, vamos discutir a questão a fundo ou continuar com papo de “cabeça fraca”?!
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