Um novo jeito de fazer política tem se mostrado tendência mundial. Já foi dito no artigo “Política 2.0 – Parte 1” que o Facebook e o Twitter {{não apenas, mas principalmente}} fizeram a diferença na hora de se propagar ideias.
Quem estudou um pouco {{e aqueles que prestaram atenção às aulas de história da escola}} lembra que a democracia atual sofre diversas influências da democracia grega. É bem verdade que tivemos avanços enormes, mas calma lá, vou explicar pra quem não lembra.
Na democracia Ateniense só quem votava eram os cidadãos de Atenas. Por cidadão entenda: Homem, maior de idade {{termo obviamente adaptado}}, nascido e morador da cidade de Atenas.
{{Crédito da foto: Loic Pinseel – não acredite em mim}} |
Mulheres e estrangeiros não votavam. Entre outros.
Fica bastante claro, portanto, que tivemos avanços essenciais no âmbito democrático. Hoje votamos todos, residentes no país ou não; naturalizados ou nascidos no país; quem mora fora do país; mulheres, etc.
Hoje é possível discordar sem temer ser morto, hoje é possível adorar a quantos deuses você quiser ou a nenhum.
Contudo, tivemos uma perda bastante grave no âmbito político. Isso porque lá, na Athenas clássica, os cidadãos se reuniam em assembleias semanalmente. Para decidir tudo ou quase tudo da vida política.
O mais sagaz dirá que eles decidiam diretamente suas questões, por isso compareciam. Em nosso caso a discussão política se dilui porque temos a democracia representativa, logo as decisões tornam-se menos práticas, mais teóricas. Mas não é verdade.
Basta vermos quantos de nós comparecemos às reuniões de condomínio, de associações de bairro, etc. A questão é outra. A questão é que perdemos o apetite político. Não cabe aqui discutir os motivos desta falta de vontade senão elencar os principais, como quem passa os olhos numa lista de compras:
- A falsa ideia de que todo político é corrupto
- A falsa ideia de que o voto não muda nada
- A falsa ideia de liberdade, recém adquirida no Brasil pós ditadura
{{Crédito: Kheel Center, Cornell University – não acredite em mim}} |
{{Crédito: lucaspirola – não acredite em mim}} |
E, penso eu, ativismo de sofá também vale. Por que não? Só porque não vou não posso retuitar, feicebucar, enfim, apoiar?
{{Não vale pq não vai às ruas… por isso…}}
“Não vale pq não vai às ruas… por isso…”
Obrigado caipira por me poupar os dedos.
Muito fácil dizer que apóia determinada causa twittando, orkutando, facebookando, myspaceando, youtubeando, whatever’ando. Assim até eu digo que eu sou um ativista militante defensor de várias causas.