A política mudou. Não é bem o jeito que a classe média gostaria que a política fosse, mas, bem, é um jeito totalmente novo de se fazer política. E ela chegou ao Brasil, ou ao menos a nova política está nascendo no Brasil…
{{Crédito da foto: CTJOnline – não acredite em mim}} |
Percebemos que nossos governantes por muito tempo vem tomando as decisões a portas fechadas, e que levam sempre em consideração o ponto de vista de uma minoria.Quando começou o movimento do #gentediferenciada logo percebi que algo em mim tinha acontecido. Eu do alto de meus 1.90 de altura percebi que poderia fazer algo, tuitando, apoiando ou mesmo estando presente e fotografando o que estava acontecendo.
O sugestivo título do post, “O Gigante se moveu”, mostra bem o estado de marasmo que nos encontrávamos. Sim no plural e sim, te incluo. Não importa se você é de São Paulo, de Salvador ou do Haiti. Não importa nada ou quase nada se você pouco sabe sobre o bairro de higienópolis. Você está no século XXI.
Estamos no ano de 2011 {{ah, vá?! SEJURA?}}, ano em que o Facebook ajudou a derrubar uma série de regimes no Oriente. Mais do que isso, ano em que o Facebook ajudou a propagar a ideia de que fazer política não é chato. Não precisa ser chato.
Se as mesquitas tiveram poder incalculável na organização das manifestações no Egito, por exemplo, foi o Facebook que levou o espírito revolucionário terra adentro. E foi como vírus de computador que ela foi, aos poucos se incutindo em nosso país.
Começou com uma série de babaquices sem sentido {{mil perdões aos de estômago fraco, mas as palavras fortes, às vezes, fazem-se necessárias}} tal qual #forasarney, passou por algo mais ou menos elaborado como #precojustoja , finalmente, encerrou-se com um belo #gentediferenciada. Sim, passei a falar do Twitter.
O que mudou? Os gritos de ordem, as passeatas, tudo isso foi embora. E no lugar de comunidades revoltadas no Orkut, um rapaz, de repente, resolveu brincar de criar um evento no Facebook. E resolveu convidar os amigos. E mais de 55 mil pessoas resolveram fazer da brincadeira, algo sério. Muito sério.
Foi assim que cerca de 4 mil pessoas fecharam o bairro de Higienópolis {{bairro fadado a ser herdeiro do preconceito, já que o nome vem de Higiene, muito embora não se possa dizer que todos os moradores sejam preconceituosos, claro}}. Você, como sempre, não precisa acreditar em mim, basta acessar o link {{não acredite em mim}}.
“ano em que o Facebook ajudou a derrubar uma série de regimes no Oriente.”
“Mais do que isso, ano em que o Facebook ajudou a propagar a ideia de que fazer política não é chato. Não precisa ser chato.”
” foi o Facebook que levou o espírito revolucionário terra adentro.”
Desculpe-me a pergunta, Caipira, mas você realmente acredita em tudo isso?
Uai, escrevi, não escrevi?!
Sim, mas é que muita gente quando escreve sobre isso, escreve dando a impressão de que se não fosse por Twitter, Facebook e Youtube, a primavera árabe não teria acontecido.
E do jeito que você escreveu, também ficou essa impressão.