Segundo me disse Mário Sérgio Cortella, em entrevista ao já famigerado documentário que estou dirigindo {{e que um dia vocês terão a chance de assistir aqui mesmo, neste bloguinho…}} que a diferença entre um revoltado e um revolucionário é que o 1º reclama e não faz absolutamente nada para mudar, enquanto o 2º reclama e parte para a ação.
Reparem bem os senhores que, no post em questão há diversos comentários, inclusive discordando do autor de forma racional, argumentativa, inteligente.
Há comentaristas, no entanto, que não primam pelo bom senso e eis que, ao comentar o post do autor convidado, um desses raríssimos leitores, com toda certeza revolucionário, solta uma pérola de sabedoria quase tão bela e doce quanto a Fiona {{sabe, do desenho?!}}.
Pois, para que não acreditem em mim, eternizei este belíssimo momento com apenas um print-screen que faço questão de compartilhar com os senhores e senhoras {{se é que alguém ainda gosta de ser chamado assim…}}
Na ânsia por provar que o autor estava errado, Léo, nosso dileto comentarista, diz coisas tão geniais quanto:
Ao que parece o artigo contém um fundo de ranço ideológico do autor
Como sou um cara chato, estudante de letras e tal, resolvi ir ao dicionário, atrás de alguma conclusão que fizesse sentido, diz o dicionário Aulete:
(i.de:o.lo. gi. a)
sf. 1 Ciência da formação das ideias e de um sistema de ideias.2 Fil. Pol. Rel. Soc. Sistema articulado de ideias, valores, opiniões, crenças etc., organizado como corrente de pensamento, como instrumento de luta política, como expressão das relações entre classes sociais, como fundamento de seita religiosa etc.
3 Fil. No marxismo, o conjunto das formas de consciência social que tem por finalidade legitimar a classe dominante ou, no lado oposto, os interesses revolucionários da classe proletária.
4 Hist. Conjunto das ideias e convicções próprias de uma época, uma sociedade, uma classe etc., e que caracterizam uma situação histórica.
Me parece, então, que todo mundo tem um ranço ideológico, estou certo?! Então como poderia o singelo leitor {{Léo}} considerar que um artigo não refletisse o tal ranço ideológico ? Ah, seu Caipira, larga de ser chato, isso acontece… Ok, ok.
Para não dizerem que sou a mala ambulante, passarei adiante {{virei poeta, vejam só…}}. Continua o jenio:
A tentativa medíocre do metalurgico semianalfabeto e sua quadrilçha de desvincular
Gosto particularmente das pessoas que criticam o Lula pela falta de alfabetização, especialmente porque, em geral, elas erram no português exatamente na mesma frase em que o criticam. É o caso do nosso querido Léo, mas é também o caso da minha ídala-mór Dora Kramer {{não acredite em mim}}.
A intervensão do comentarista Léo não desmente minha tese. Ao contrário, a reforça. O discurso neoliberal agoniza. Aliás, existe uma crise séria do pensamento político conservador, capaz de fazer com que pessoas como o Leo, que incorporam tal discurso (e não vejo crime nenhum nisso) não consiga aderir a uma cartilha atualizada. Sentem-se nostálgicos talvez de um tempo em que era muito mais fácil a organização e unificação conservadora a partir da crítica ao comunismo. Ao dizer que os países neoliberais estão condenados ao fracasso não fiz nenhuma defesa do comunismo, embora o faria, em outras oportunidades, com maior prazer. Como disse, acho legítimo que algumas pessoas pensem de maneira conservadora. Acho até que em alguma proporção isso é necessário para a sociedade e na vida dos indivíduos em geral. Eu só lamento que a desorganização do discurso conservador venha favorecendo o crescimento das manifestações preconceituosas e algumas até xenofóbicas e racistas. Chamar Lula de "metalúrgico semi-alfabetizado" pode por um lado ofender. Mas por outro nos dá dimensão da visão equivocada da "direita"; Erros estes que são natureza direta de seus fracassos. Fracasso aqui, fracasso na Europa, fracasso nos EUA. Acabou! O neoliberalismo acabou! Só espero que os ultraconservadores não assumam o trono podre deixado pelos neoliberais. Caso isso aconteça, a humanidade estará em risco.