São Paulo para quem não sabe é uma cidade de um país chamado Brasil. Para quem nunca ouviu falar eu deixo uma foto que mostra bem a grandeza da cidade:
A cidade, vista pelo site da prefeitura, é o Paraíso do Consumo e da gastronomia, coisa que não se pode negar, é bem verdade. Aqui há fartura de restaurantes nos mais variados locais. É possível saborear um delicioso peixe em qualquer lugar da capital paulista. E quando eu digo qualquer lugar eu quero dizer isso:
{{não acredite em mim – A São Paulo deles…}}
Quando chove a cidade fica uma beleza, tudo maravilhoso. E ainda tem carioca que reclama que em São Paulo não há praias, imaginem os senhores…
Por tudo isso é que nosso belíssimo prefeito {{não se pode falar mal dele, já que convive bem com o mundo dos mortos, como mostram as assinaturas de seu novo partido – não acredite em mim}} disse, recentemente, que a nota para sua gestão era…
Como isso tudo é bobagem, vamos ao que interessa.
No ano de 2000 havia, no paraíso do consumo, exatamente 8088 moradores de rua. Já em 2003, eram 10 399 moradores de rua {{não acredite em mim, pesquisa FIPE}}.
Antes que eu revele o número de hoje {{dica, releia o título}} é preciso dizer que em 2003 6.186 estavam em albergues.
O leitor mais ligeiro {{e a leitora mais sagaz}} já notaram que em 2009 há 13 666 moradores em situação de rua. Mas vamos aos números:
Enquanto o número de moradores de rua cresceu 31.4%, o número de abrigados cresceu 14.4%. A situação é muito preocupante, principalmente nos meses de junho a agosto quando o tempo fica seco e frio nos países do trópico sul {{onde, por mero acaso, está situada a cidade de São Paulo, vejam só}}.
Como enfrentar o frio {{e os assassinatos, espancamentos, etc.}} é mais difícil quando se mora na rua, por motivos óbvios as pessoas recorrem a uma maneira bastante simples e cruel de solucionar o problema. Custa cerca de cinco reais uma garrafa de solução. O resultado é que o corpo tende a esquentar, o morador dorme e quando as reações químicas {{lembram das aulinhas da escola, ainda?!}} acontecem o sujeito {{é um ser vivo, lembra?}} acaba morrendo de hipotermia {{morre de frio, mesmo}}.
Mas não há com o que nos preocuparmos, pessoal. Nosso prefeito {{é eu sou um cidadão paulistano, fazer o quê?!}} não está alheio ao problema, como podemos ver em seu depoimento pessoal:
Na mesma noite os termômetros marcaram 12 graus. É nota dez esse prefeito!
Eu adoro o Imprença, por aqui náo sinto nojo, náo tenho acessos de vômito,
náo desperta meu instinto serial killer, aquele sentir que me faz imaginar um paredáo
e aquele monte de gente corrupta de costas para o meu fuzil metralhadora.
Na verdade a solução custa 1 real. É um tipo de cachaça vendida em garrafa de plástico em formato de barrilzinho. 5 reais custa a pedra de crack.
Gostei da ironia, mas faltou uma análise.