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Um mulher com rosto machucado e o som de risadinhas irônicas na delegacia. Eis a imagem de contradição entre as campanhas publicitárias da Companhia do Metropolitano de São Paulo com a realidade no atendimento à vítimas de violência dentro das estações de metrô da capital paulistana.

{{ V. R. 31 anos, agredida no metrô de São Paulo}}

V.R, 31 anos, foi agredida com um soco no rosto na manhã de hoje, dentro do metrô Sé, após se defender com um empurrão de um homem, 66 anos. Dentro do vagão, ela havia o empurrado porque estava incomodada com o braço do homem em seu peito.

Ao saírem do trem, o mesmo homem dificultou o caminho da vítima e, depois, deu um soco em seu rosto, ainda dentro da estação. V.R. foi levada à delegacia de metrô. No local, uma inversão de quem é a vítima. “Antes de eu e meu cunhado chegarmos na Delegacia deixaram ela sem amparo, enquanto o agressor estava acompanhado da filha, advogado e um metroviário segurança. Todos batendo papo de risadinha”, conta o irmão da vítima, B.R.



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Após a delegacia, V.R também passou por exame de corpo de delito. A caminho do IML, foi conduzida no mesmo carro onde estava o agressor, mesmo pedindo para ir em outro veículo. Acompanharam o trajeto outros três funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo, sendo duas funcionárias e o mesmo segurança que estava na delegacia.

A condução do caso vai contra as campanhas publicitárias contra assédio sexual, amplamente divulgadas pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. Recentemente, o jornal Estado de São Paulo veiculou que denúncias de assédio sexual em ônibus, metrô e trem subiram 850% na capital paulista, nos últimos 4 anos {{não acredite em mim – UOL}}. Nenhuma ação efetiva do governo do Estado foi feita para que novos casos não ocorressem.

Além de hematomas no rosto, V.R. está cuspindo sangue, portanto, familiares tiveram que acompanhá-la a um hospital.

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