Confira também as propostas dos candidatos à presidência em 2018 nas áreas:
Eleições 2018: Situação da Saúde no Brasil
A saúde é muito criticada de uma maneira geral, pela população brasileira. Uma recente pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha revelou que 94% dos brasileiros que possuem plano de saúde, consideram a saúde péssima, ruim ou regular. Dos usuários do SUS o número é de 87%, segundo dados apresentados pelo Conselho Federal de Medicina. A mesma pesquisa Datafolha também mostrou que 88% das pessoas entrevistadas desejam que o SUS seja mantido.
Já outra pesquisa, do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostrou que 70% dos brasileiros não possuem qualquer tipo de convênio médico, o que os fazem depender do SUS ou de renda para pagar um médico privado. O custo médio de um plano de saúde no Brasil, segundo a pesquisa, é de meio salário mínimo.
Eleições 2018: As propostas dos candidatos na área da Saúde
ImprenÇa separou as propostas e se deu ao direito de colocar aqui somente propostas concretas: “criação disso, fim daquilo”. As propostas que consideramos genéricas ou sem qualquer tipo de indicativo (“melhorar a saúde no Brasil”) não foram dispostas aqui.
Mas, mantendo nosso princípio de lisura e transparência, abaixo de cada uma das propostas dos candidatos a o link para o programa completo dele ou dela, desta forma você poderá checar as propostas originais sem qualquer filtro nosso.
A ideia aqui é facilitar a leitura e o entendimento do conteúdo aos nossos leitores.
Álvaro Dias (Podemos)
Saúde com Pronto Atendimento
- Fila zero nas emergências e prontuário eletrônico.
- Genéricos sem imposto até 2022
Ciro Gomes (PDT)
- Revogação da EC 95 (Teto de Gastos), a ser substituída por outro mecanismo que controle a evolução das despesas globais do governo, preservando, como afirmado acima, os gastos com investimentos, Saúde e Educação;
- Reafirmação do SUS como uma política de Estado, universal e que deve ser aprimorada para melhor atender à população;
- Garantia de Acesso, com qualidade, em tempo oportuno;
- Manutenção e aprimoramento de padrões de integralidade da atenção em saúde e equidade no sistema de saúde brasileiro.
- Redução das barreiras impostas pela atual lei de propriedade intelectual, especialmente na proteção de patentes, fazendo uso das flexibilidades do Acordo TRIPS da OMC, como a emissão de licenças compulsórias para a sustentabilidade do direito à saúde, quando necessário.
Na Saúde Básica
- Aprimoramento da cobertura, de qualidade e resolutiva, de modo universal, dotando-a dos mecanismos para exercer o papel de referência para a organização, funcionamento e avaliação de todo o sistema de saúde;
- Criação do Registro Eletrônico de Saúde que registrará o histórico do paciente e facilitará o atendimento do paciente em todas as esferas do SUS.
Na atenção Hospitalar
- Criação de Central de regulação para a alocação de leitos e procedimentos, a partir da definição de protocolos de prioridade no atendimento,
considerando as diversas especialidades médicas; - Estímulo à ampliação da rede de policlínicas através da formação de consórcios em mesorregiões;
- Redução da fila atual para realização de exames e procedimentos especializados através da compra de procedimentos junto ao setor privado.
No atendimento emergencial
- Ampliação da oferta de atendimento à urgência e emergência, reforçada por meio da constituição de consórcios em mesorregiões e da implementação de regiões de saúde;
- Aprimoramento e sistematização do processo de entrega de remédios;
- Correção dos valores da tabela de procedimentos
Aprimoramento do modelo de gestão e desenvolvimento de mecanismos de supervisão, avaliação e controle
- Premiação de hospitais e postos de saúde bem avaliados;
- Disseminação de boas práticas e supervisão dos postos e hospitais com pior desempenho pelos profissionais daqueles com melhor desempenho;
- Necessidade de formação de médicos generalistas e reforço do conteúdo geral na formação de todas as especialidades;
- Criação de um Sistema Nacional de Ouvidoria do SUS;
- Valorização dos Conselhos e Conferências de saúde, de forma a aumentar a participação, a transparência e o controle da sociedade sobre a gestão do SUS.
{{não acredite em mim – Programa de Governo Ciro Gomes}}
Geraldo Alckmin (PSDB)
- A digitalização de dados, a implantação de um cadastro único de todos os usuários do SUS e a criação de um prontuário eletrônico com o histórico médico de cada paciente, são passos fundamentais para melhorar a qualidade do atendimento na saúde e combater desperdícios.
- Vamos ampliar o Programa Saúde da Família e incorporar a ele mais especialidades
- Criaremos um programa de credenciamento de ambulatórios e hospitais “amigos do idoso”
- Vamos fomentar ações voltadas à prevenção da gravidez precoce, adotando estratégias educativas de sensibilização de adolescentes e apoio integral no caso de gestação
{{não acredite em mim – Plano de Governo Geraldo Alckmin}}
Guilherme Boulos (PSOL)
- Aumentar o financiamento federal na saúde de 1,7% para 3% do PIB
- Expandir e fortalecera rede pública na atenção primária, secundária e terciária e na provisão de medicamentos
- Expandir e qualificar a cobertura da Atenção Básica a 100%
- Ampliar o número de leitos hospitalares públicos de forma que represente o mínimo 50% dos leitos hospitalares SUS
- Estabelecer um teto de espera para consultas e cirurgias conforme as necessidades de saúde, e, se necessário e solicitado pela autoridade local, utilizar a rede privada de serviços;
- Estabelecer a Redução de Danos como principal diretriz para o tratamento de usuários de drogas
- Desprivatizar o SUS e regulamentar o mercado da Saúde
- Implementar o pleno e imediato ressarcimento dos planos de saúde ao SUS e auditar e cobrar as dívidas de planos de saúde com o SUS
- Impedir a participação de investidores financeiros e estrangeiros no capital das empresas e a propriedade cruzada de empresas de planos de saúde, grupos hospitalares e empresas de diagnóstico
{{não acredite em mim – Plano de Governo Guilherme Boulos}}
Jair Bolsonaro (PSL)
- Implementar o Prontuário Eletrônico Naiconal
- Credencial Universal dos Médicos
- Criação da carreira de Médico de Estado
{{não acredite em mim – Programa de Governo Jair Bolsonaro}}
João Amoedo (NOVO)
- Expansão e priorização dos programas de prevenção, como clínicas de família.
- Ampliação das parcerias público-privadas e com o terceiro setor para a gestão dos hospitais.
- Mais autonomia para os gestores e regras de governança para os hospitais.
- Criação de consórcios de municípios para maior escala de recursos e prioridades
- Uso intenso de tecnologia para prontuário único, universal e com o histórico de paciente.
- Eliminação das filas com utilização de plataformas digitais para marcação de consultas.
{{não acredite em mim – Programa de Governo João Amoedo}}
Fernando Haddad (PT)
- Regionalização dos serviços de saúde, que deve se pautar pela gestão da saúde interfederativa, racionalizando recursos financeiros e compartilhando a responsabilidade com o cuidado em saúde.
- Aprimorará a regulamentação das relações com o terceiro setor de saúde, em particular com as organizações sociais, superando o paradigma da precarização e da terceirização da gestão.
- Serão fortalecidos os conselhos e conferências de saúde, de forma que seu papel de formulação de políticas seja o orientador das políticas para o setor
- O governo vai atuar fortemente na área da promoção da saúde, com políticas regulatórias e tributárias (referentes ao tabaco, sal, gorduras, açucares, agrotóxicos etc.), por meio de programas que incentivem a atividade física e alimentação adequada, saudável e segura.
- Implantará também programas de valorização do parto normal, humanizado e seguro, de superação da violência obstétrica e da discriminação racial no SUS.
- Ademais, o governo Lula reafirmará seu compromisso com a agenda da Reforma Psiquiátrica.
- Manutenção do Programa Mais Médicos
- criar a Rede de Especialidades Multiprofissional (REM). A REM contará com polos em cada região de saúde, integrada com a atenção básica, para garantir acesso a cuidados especializados por equipes multiprofissionais para superar a demanda reprimida de consultas, exames e cirurgias de média complexidade. Os polos serão organizados de forma regional, com unidades de saúde fixas e unidades móveis e apoio aos pacientes em tratamento fora de domicílio. Cada polo contará com médicos especialistas (tais como ortopedistas, cardiologistas, ginecologistas, oncologista, oftalmologista, endocrinologista) e profissionais das mais diversas áreas (fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, entre outras).
- O governo Lula investirá na implantação do prontuário eletrônico de forma universal e no aperfeiçoamen toda governança da saúde.
- Estimulará ainda a inovação na saúde, ampliando a aplicação da internet e de aplicativos na promoção, prevenção, diagnóstico e educação em saúde. São essas ações articuladas e integradas que garantirão acesso a saúde e qualidade de vida.
{{não acredite em mim – Programa de Governo Lula/Haddad}}
Marina Silva (Rede)
- Dividiremos o país em cerca de 400 regiões de saúde. A gestão será compartilhada entre a União, Estados e Municípios e envolverá as entidades filantrópicas e serviços privados. Representantes eleitospela população dos municípios da região terão mandatos para participar da gestão
- Realizaremos o adequado mapeamento das necessidades e vazios assistenciais, promovendo um planejamento regionalizado da distribuição de serviços, leitos hospitalares e ambulatoriais
- Ampliaremos a cobertura da Atenção Básica, articulando esforços para melhorar o encaminhamento às especialidades, urgências e procedimentos de alta complexidade.
- Vamos fortalecer e aprimorar a atuação territorial da Estratégia de Saúde da Família
- A garantia ao acesso a medicamentos essenciais, a promoção de seu uso racional e responsável e a ampliação do uso de medicamentos genéricos são outros importantes desafios a serem enfrentados
- Investiremos na reformulação da gestão e publicização de dados do SUS, tornando a plataforma mais amigável para o cidadão e com informações relevantes para avaliações externas sobre seu funcionamento, a exemplo do tempo de espera para atendimento.
- Para isso, utilizaremos novas tecnologias para modernização dos serviços, como o agendamento de consultas por meio eletrônico e a criação de uma base única de dados do paciente, com objetivo de estabelecer um prontuário eletrônico que permita o acompanhamento integrado por diferentes profissionais da saúde. O uso de novas tecnologias também deve servir para garantir maior resolutividade da rede ambulatorial e hospitalar, no apoio a diagnósticos e tratamentos.
- Garantir e ampliar a oferta de tratamentos e serviços de saúde integral adequados às necessidades da população LGBTI. Promoveremos as ações de saúde integral das mulherese de seus direitos reprodutivos e sexuais envolvendo ações preventivas e efetividade dos Programa de Planejamento Reprodutivo e Planejamento Familiar, além da oferta de contraceptivos pelas farmácias populares e estímulo ao parto humanizado.
{{não acredite em mim – Programa de Governo Marina Silva}}
Vera Lúcia (PSTU)
- Para isso, é preciso estatizar as escolas e universidades privadas, assim como os hospitais privados, garantindo educação em todos os níveis, e assistência e tratamento médico integral para os trabalhadores e a população pobre. É preciso investir de forma maciça em saúde e educação, revertendo o que hoje vai para o pagamento da dívida aos banqueiros para essas áreas sociais.
{{não acredite em mim – Programa de Governo Vera Lúcia}}