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Em toda eleição o ImprenÇa afirma suas posições. É a forma como entendemos que o jornalismo deve ser. Não fingir que não há uma posição como tradicionalmente fazem os grandes jornais, numa tentativa hipócrita de afirmarem suas credibilidades.

Este ano, no entanto, não faremos uma declaração de voto, mas uma declaração de não-voto. Não votaremos e não apoiamos o voto em Bolsonaro. 

Fake News e as eleições

Muito se falou a respeito das fake news e as eleições nos EUA,  a forma como Donald Trump teria se beneficiado de notícias falaciosas para se promover e acabar se elegendo. 

Por aqui, o Movimento Brasil Livre também foi um dos que usaram de forma maciça a proliferação de notícias falsas para seus objetivos. 



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A questão central do uso de Fake News não é apenas a desinformação como arma, porque isso não é novo nem exclusivo dos atores que já comentamos. A questão é o uso das Fake News como forma de desacreditar toda a informação correta e os veículos de informação. 

É gravíssimo, que em uma democracia, toda a imprensa seja desqualificada e colocada sob o rótulo de “comunista” como têm feito os apoiadores e a própria campanha de Bolsonaro. Ao final do 1º turno, o candidato do PSL resolveu não conceder nenhuma entrevista, mas fazer um vídeo em sua página na rede social. 

Ele não precisa responder nenhuma pergunta, não precisa receber nenhum tipo de veículo, como se estivesse acima das pessoas. No último debate do 1º turno afirmou que não poderia comparecer por indicação médica. Mas fez um acordo com uma emissora que transmitiu uma entrevista bastante chapa-branca sobre sua candidatura, desrespeitando inclusive os princípios de isonomia que o Tribunal Superior Eleitoral finge defender (finge, porque não tomou nenhum tipo de atitude). 

Todos os candidatos fazem fake news, isso é fato. Mas usar de Fake News como uma estratégia principal de campanha, não é democrático. E o esquema é até bastante óbvio para quem conhece um mínimo de técnicas de SEO e ativação de campanhas via whatsapp. 

Pegue como exemplo o fim do 13º salário, defendido por 2 vezes em palestras pelo vice de Bolsonaro, o general Mourão. Coloque no google 13º salário e bolsonaro e você verá uma proliferação de sites dando a “notícia” de que Bolsonaro propõe 13º no Bolsa Família. 

Isso é feito a partir de centenas de sites criados exclusivamente para as eleições, com técnicas básicas de SEO – Search Engine Optimization – e coordenação com o próprio candidato. Desta forma você terá que navegar até a 4ª página do google para encontrar a declaração do vice de Bolsonaro sobre a declaração original.

Isso só já evidencia a mentira ou, no mínimo, a desinformação como estratégia o que é um perigo para qualquer democracia. Junte isso ao fato de que Bolsonaro se recusa a participar de debates ou sabatinas ou entrevistas ao vivo, mantendo-se sempre num ambiente controlado e temos a falta da verdade como objetivo principal.

O candidato que já afirmou diversas vezes que “o Bolsa Família é um crime” hoje dá declarações em favor do programa e uma proposta feita exclusivamente para se proteger das declarações desastrosas, mas sinceras, de seu vice. 

As bizarras declarações de Bolsonaro ao longo de sua vida

Mesmo os mais fanáticos eleitores de Bolsonaro não são capazes de fingir que não viram o candidato, em entrevistas passadas, afirmando ser contra a democracia, ser favorável à tortura e a ditadura. 

Ainda recentemente, menos de 2 anos atrás, em ocasião do impeachment da Presidente Dilma, Bolsonaro exaltou um coronel cujo maior feito na vida foi ser o único condenado por torturas na ditadura militar no Brasil. Não  há contexto possível para a defesa deste tipo de declaração. Como não há contexto possível para a comparação entre um afrodescendente e gado. Isso já em campanha eleitoral. 

Não é possível que alguém que grite tão forte contra o estupro tenha em seu partido, com seu apoio, um sujeito como Alexandre Frota, que admitiu em rede nacional de televisão ter estuprado uma mulher que dormia. Como não é possível que o mesmo Bolsonaro, tão forte ao declarar que estuprador precisa receber mais punição, tenha se encontrado com um pastor preso por estupro, sem qualquer menção a pedido de desculpas ou assumir que se equivocou.

Bolsonaro e a falsa repulsa ao estupro

Como se fosse pouco ele ainda afirmou a uma congressista que “não a estuprava porque ela não merecia”. A pergunta que fica é em que caso alguém merece ser estuprada. Este blog entende que nenhum.

Plano de Governo de Bolsonaro diz nada ou quase nada

Este ImprenÇa divulgou os planos de governo de todos os candidatos para que o eleitor e a eleitora possam comparar e definir seu voto. O plano de governo de Bolsonaro é um PPT mal feito e mal escrito com nenhuma ou pouquíssimas propostas.

É um amontoado de informações desconexas e baseadas em desinformações, como a de que “os estados governador pelos participantes do Foro de São Paulo” são responsáveis pela violência.

Bolsonaro e a violência

Ou informações que não coincidem com o que o próprio candidato fala e faz:

Bolsonaro e o direito à vida

A vida é sagrada, diz ele, mas só em alguns casos…

“Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre”

Os projetos de Bolsonaro

Alguns dos projetos de Bolsonaro incluem:

  • Fim do atendimento integral no SUS às vítimas de estupro

Projetos Bolsonaro

{{não acredite em mim – Câmara dos Deputados}}

  • Revoga dispositivo que prevê pena para quem priva a criança ou o adolescente de liberdade

 

Projeto Crianças - Bolsonaro

{{não acredite em mim – Câmara dos Deputados}}

Além de ter votado em favor do fim da CLT, contra os direitos trabalhistas das empregadas domésticas, entre outros.

Mas e a isenção, ImprenÇa ?

Nós sempre afirmamos aqui o {{não acredite em mim}} como forma de dar veracidade àquilo que afirmamos e fazer com que o leitor ou a leitora possam ir atrás das informações, como forma de garantir que no blog não tenham panfletos, mas matérias. 

Da mesma forma, entendemos que isenção é deixar transparente o pensamento editorial do portal e assim evitar que sejamos desonestos, o leitor ou a leitora que por ventura queiram votar no Bolsonaro podem ficar tranquilos que aqui não se fará campanha. Nós fazemos as matérias com base no princípio de lisura de qualquer bom jornalismo, procurando sempre os dois lados e dando fatos, não opiniões. 

As opiniões que damos, estão sempre na categoria Editorial, as matérias estão em todas as outras categorias. Desta forma você pode ficar informado sabendo o viés que nos permeia e tendo o direito de questionar sempre que entender que estamos errados. 

Já fizemos matérias opinativas contrárias ao próprio Fernando Haddad, como você pode conferir nos links:

Também já criticamos o PT por diversas ocasiões:

Há outras tantas matérias em favor e contra o PT e seus candidatos. Mas em 2018 não é possível, em nossa visão, ter outra perspectiva do que a “Bolsonaro, não”. Por este motivo votaremos em Haddad.

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